quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Pauta do Saia Justa: Patricinhas

O “Saia Justa” de quarta-feira, 15, começa falando sobre as mulheres rotuladas como ‘patricinhas’. Mônica Waldvogel, Betty Lago, Marcia Tiburi e Maitê Proença debatem se ser chamada de ‘patricinha’ é um elogio ou uma categoria de acusação. O programa tenta mapear o DNA dessas mulheres e quais são os códigos que elas dominam. O quarteto ainda discute o que uma ‘patricinha’ legítima sabe que as que querem ser não sabem.

As “Saias” ouvem o depoimento da antropóloga carioca Claudia Pereira, autora da tese “Jeito de patricinha, Roupa de patricinha”. Ela conta a origem e o sentido da gíria como se conhece hoje no Brasil. Segundo Claudia, o estilo de vida da ‘patricinha’ é resultado de um processo de hibridação cultural.

No quadro “Saia por aí”, a repórter Eliza Capai chega aos Estados Unidos de trem depois de atravessar toda a América Central. Em sua primeira saída pelas ruas do país, as americanas respondem quando foi que o trilho de suas vidas bifurcou, mudando seus destinos radicalmente. E para terminar, o quadro “Lado B” conversa com Joshua Ferris, autor do livro “E nós chegamos ao fim”, eleito um dos melhores livros do ano pelo New York Times.


Patricinhas: Cláudia concluiu que o estilo de vida desse grupo se define em função tanto de seu comportamento quanto de seus hábitos de consumo... Todas são muito vaidosas: 69% usam maquiagem, 57% usam produtos de tratamento para pele e 56% vão regularmente ao cabeleireiro. 80% delas têm o hábito de ir à praia, de preferência em frente ao Posto 9, em Ipanema. Grande parte das adolescentes entrevistadas pretende cursar faculdade de Comunicação Social ou de Direito. A gíria ’patricinha’, inspirada em uma socialite carioca chamada Patrícia Leal, foi criada no início dos anos 90 pelo jornalista Zózimo Barroso do Amaral, colunista do Jornal do Brasil. Atualmente, essa gíria já é verbete dos dicionários Aurélio e Houaiss. O seriado Friends também foi bastante citado pelas entrevistadas. Apesar de a média de idade dos personagens ser de 30 anos, seus laços de amizade atraem a atenção de adolescentes. A grande audiência de Friends pode ser explicada pela identificação no seriado de pessoas que se encontram num estágio, tanto profissional quanto de maturidade, mais avançado do que as próprias entrevistadas, mas que ainda mantêm a parte boa da adolescência -- estreita convivência e descobertas feitas junto com amigos. Para as entrevistadas, "ser patricinha", rótulo de caráter negativo, é diferente de "parecer patricinha", forma positiva de exercitar a vaidade. "As patricinhas são vistas com preconceito pelas adolescentes", disse Cláudia. "Aquelas que assumem esse estilo geralmente se defendem ao afirmar que não são ’patricinhas legítimas’, pois apenas se preocupam com a aparência, prática considerada saudável socialmente."

Rapidinhas da Reina
Fonte: Filtro

1. Após ataque de Marta, Kassab tem 12 pontos à frente
Divulgada nesta quarta-feira, uma pesquisa do Ibope, contratada pela TV Globo e pelo Estadão, é a primeira a detectar a reação do eleitor paulistano após os ataques pessoais da petista Marta Suplicy contra Gilberto Kassab (DEM). E a situação não é mesmo boa para ela. No questionário estimulado, 51% dos eleitores votam no democrata, ante 39% para Marta. Quando a resposta é espontânea, a diferença cai um pouco: 48% a 38%. E 84% dizem já ter decidido seu voto. Por mais que o comitê de campanha petista tente abafar a repercussão desastrosa do comercial em que há a pergunta: “Sabe se ele é casado? Tem filhos?”, o caso ainda está rendendo. Ontem, em sabatina na Folha (para assinantes), Kassab foi questionado se é gay. Bem-humorado, disse que não. E emendou, meio à Roberto Carlos: “Tem um monte de mulher querendo casar comigo.”

2. No Rio; empate técnico; em BH, o “poste” afunda
A mesma pesquisa Ibope mostra que a disputa será empolgante no Rio de Janeiro. Depois de terminarem praticamente empatados no primeiro turno, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) se mantêm quase iguais na preferência do eleitorado. Pelo Ibope, Gabeira tem 42%, ante 39% de Paes – o que dá empate técnico, por conta da margem de erro de três pontos porcentuais. Como mostra o Globo, Gabeira tem ampla vantagem entre os eleitores de 25 a 29 anos (52% a 35%), mas perde para Paes entre os com mais de 50 anos (43% a 36%). E em Belo Horizonte, o governador Aécio Neves (PSDB) está sentindo o peso de eleger o “poste” Márcio Lacerda (PSB). O rival Leonardo Quintão (PMDB) deixou de ser azarão e abriu 16 pontos porcentuais (51% a 35%).

3. Mesmo com pacotes, mercado volta a ficar em baixa
A quarta-feira abriu com desempenhos negativos nas bolsas da Europa e da Ásia. Mesmo com as diversas medidas adotadas pelo governo americano e de países europeus contra crise, os pregões foram afetados pelo temor de recessão nos EUA. Como informa o G1, Hong Kong perdeu 5%; Xangai, 1,12%; e Seul, 2%. Na Europa, ainda em operação, as bolsas de Frankfurt, Paris e Londres registravam baixa superior a 2%. Outra mostra de que nem tudo melhorou após a intervenção americana foi a forma como os principais bancos reagiram diante da imposição do Tesouro para que eles vendessem suas ações ao governo e, com o dinheiro recebido, concedam empréstimos. O The New York Times detalha a insatisfação dos banqueiros e classifica como “drama” o mal-estar de quem, no fundo, não queria ficar sob o dedo do governo.

4. Gordon Brown fala em reformar o FMI
Em um encontro que antecedeu o início da reunião dos líderes da União Européia, em Bruxelas, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse, segundo o The Guardian, que é preciso “erradicar as irresponsabilidades no sistema financeiro” e partir para “a fase 2” do ataque à crise, coibindo a falta de transparência e de supervisão dos mercados. Para Brown, que se tornou uma espécie de herói da crise por conta do elogiado pacote britânico para socorrer os bancos locais, o FMI, nos moldes atuais, não tem capacidade de monitorar um sistema tão complexo. Na reunião de hoje e amanhã, a EU deve analisar propostas como a criação de uma comissão bancária européia, com regras comuns entre os países para o controle de grupos financeiros.

5. Meganegócios param com a turbulência
O Globo (íntegra para assinantes) traz em sua manchete a informação de que a crise na economia mundial conteve a recente euforia de investimentos de grandes empresas, nacionais e estrangeiras. O maior exemplo é a cervejaria belgo-brasileira Inbev, que decidiu adiar o plano de captar US$ 9,8 bilhões para comprar a americana Anheuser-Busch, dona da Budweiser. Em nota, a Inbev disse que vai esperar “até que as condições do mercado se estabilizem”. A Renner, rede de magazine, cancelou temporariamente a aquisição da fluminense Leader. Segundo o jornal, até a compra da Brasil Telecom pela Oi pode estar ameaçada. E a Apple anunciou que vai baixar o preço de seus laptops para US$ 999 na tentativa de vender mais.


6. Dinheiro do BC continua no caixa dos bancos

Ao liberar os bancos de depósitos compulsórios, o Banco Central imaginava que essas instituições usariam o dinheiro para conceder empréstimos, especialmente a bancos menores, mas não é o que está acontecendo, como relata a Folha (para assinantes). Ainda temerosos com o risco de perda de liquidez, os bancos têm “retornado” o dinheiro para o BC por meio da compra de títulos públicos, o chamado “overnight”, por conta da maior segurança financeira dessa operação. Em setembro, o volume diário devolvido ficou em R$ 48,7 bilhões. Após a liberação dos compulsórios, o montante subiu para R$ 61,7 bilhões. O BC não se diz preocupado com essa situação. Pelo menos por enquanto.
Dólar sobe e Bovespa volta a ter forte queda
Fonte: O Globo, com agências internacionais
Após dois dias de grande euforia provocada pela adoção de megapacotes anticrise na Europa e nos Estados Unidos , o pessimismo voltou a rondar o mercado internacional. O motivo não mudou, apenas voltou à tona: temores sobre uma recessão global. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em queda e o dólar, em alta. O Ibovespa iniciou o pregão em baixa maior de 4%, operando abaixo de 40 mil pontos ( acompanhe a variação do Ibovespa ). Quando a Bolsa de Nova York abriu, apresentando desempenho negativo, o principal índice da Bovespa intensificou as perdas. No mercado de câmbio, o dólar voltou a subir hoje, depois de dois dias de baixa. A cotação já ultrapassa R$ 2,15 ( veja a cotação do dólar em tempo real ). O Banco Central programou dois leilões de venda para o dia, o que deve segurar a valorização da moeda. Na Europa, o dia também é de baixas.