quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Leucemia - Mariana Eidt no Mais Você


O Mais Você recebeu, nesta quinta-feira, a gaúcha Mariana Eidt, de 27 anos, que precisa de um transplante de medula o quanto antes.

Em conversa com Ana Maria, ela contou como descobriu que estava doente. “Eu não tive grandes sintomas, somente um pouco de cansaço e dor de cabeça. Quando fiz o hemograma, ano passado, vi que estava tudo alterado. Nunca dei importância para a palavra ‘leucemia’. Pra mim estava doente e precisava me tratar. Fiz oito meses de quimioterapia, consegui controlar a doença, mas agora ela voltou e preciso do transplante. Essa leucemia é bem agressiva, então não tenho outra opção. Tenho certeza que vou encontrar o doador. É questão de tempo”, contou Mariana, esperançosa.

O doutor Guilherme Furtado, do “S.O.S Mais Você”, foi ao Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, que é onde funciona o Registro Nacional de Doadores Voluntários. Ele mostrou como é simples se tornar doador de medula óssea. “É muito simples, você pode vir na hora do almoço, não precisa estar em jejum e não te afeta em nada”, disse o médico, que se tornou um voluntário.

No palco do Mais Você, Guilherme e Luis Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplantes de Medula Óssea do Instituto Nacional do Câncer , falaram sobre o procedimento e tiraram dúvidas. “Depois que nós temos certeza da compatibilidade do doador, nós os chamamos para ver se ele está apto para a doação. Essa doação pode ser feita até os 60 anos. Nós sempre respeitamos a região dele, que só se desloca se não houver um centro credenciado”, disse Luis Fernando.

O diretor explicou ainda que o procedimento de doação é indolor. “É bem simples. O doador fica em observação, recebe alta e é um procedimento muito seguro”, explicou.

Serviço: http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677

Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) 

Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos etc.) semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 2000, o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.  

Doação de Medula Óssea
O número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Agora há 1,6 milhão de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões de doadores). A evolução no número de doadores deveu-se aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o INCA. Essas campanhas mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos crescerem 4.308,51% de 2001 a 2009.  

Como é feito o acesso ao REDOME?
O processo é simples e totalmente informatizado. O médico responsável inscreve as informações do paciente, incluindo o resultado do exame de histocompatibilidade – HLA - (exame que identifica as características genéticas de cada indivíduo), no sistema do REREME - Registro nacional de receptores de medula óssea. Imediatamente, a busca é iniciada. Quando são identificados possíveis doadores compatíveis, a informação é logo transmitida ao médico, que junto com a equipe do REDOME, analisa os melhores doadores, faz a escolha, e é dado início aos procedimentos de doação. O doador é, então, convocado a realizar os testes confirmatórios e fazer a doação. A retirada das células para a doação é feita no hospital habilitado mais próximo da residência do doador. Assim que retiradas, as células são transportadas até o centro onde o será feito o transplante. 

Quantos hospitais fazem o transplante no Brasil?
São 61 centros para transplantes de medula óssea e 17 para transplantes com doadores não-aparentados: Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ), INCA, Hospital das Clínicas Porto Alegre, Casa de Saúde Santa Marcelina, Boldrini, GRAAC, Escola Paulista de Medicina - Hospital São Paulo, Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), Hospital AC Camargo, Fundação E. J. Zerbini, Hospital de Clínicas da UNICAMP, Hospital Amaral Carvalho, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Sírio Libanês. 

Quantos transplantes o INCA faz por mês?
A média é de dois transplantes com doadores não-aparentados. Mensalmente são realizados sete transplantes do tipo autólogo (de uma pessoa para si mesma) e com doador aparentado.

O que a população pode fazer para ajudar os pacientes?
Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. Saiba mais.  

Importante: um doador de medula óssea deve manter seu cadastro atualizado sempre que possível. Caso haja alguma mudança, a pessoa deve entrar em contato com o REDOME. 

REDOME / REREME
Rua do Resende, 195, térreo - Centro - Rio de Janeiro / RJ
Telefones do REDOME.: (21) 3970-4100 /  (21) 3970-6177