segunda-feira, 22 de março de 2010

Tia Rô fala sobre Dourado e Treshália termina namoro pelo Twitter (claro) e está vetada para o dia 30.

Domingo, Março 21, 2010
UM ANO OU DOIS ANTES DO BBB 4 (Leiam e divulguem!)
Sinceridade, gente, eu jamais pensei (ou quis) fazer esse post, nem no BBB4 e, muito menos no BBB 10.
Nunca pensei em fazê-lo, por que, em primeiro lugar, me traz péssimas lembranças e, em segundo lugar, por que fazê-lo poderia significar “magoar outras pessoas, que com certeza não compartilham dessas idéias e nem agem assim”.
Pessoas que, hoje, talvez façam parte de Comunidades Gays e afins, que levam a sério as suas lutas e, pessoas que fazem parte do quadro de pessoal, de Instâncias Superiores de Proteção Pública, que também levam a sério o seu trabalho.
Não estou dando “nome aos bois”, mas vocês entenderão

Aos fatos, então, desde o início.
Durante o BBB4, recebi em minha casa (por 3 ou 4 vezes) repórteres e jornalistas vindos de São Paulo e Rio, que queriam fazer uma matéria sobre um fato ocorrido, que tiveram conhecimento lá!

Procuraram-me já munidos de informações das mais “pormenorizadas”, sobre a minha família e sobre alguns amigos do Marcelo, aqui do Bairro. Inclusive, sabiam que ele tinha um amigo, por exemplo, que andava a pé pelas ruas, acompanhado de seu cachorro, e que sabiam morar na outra esquina.

Poderia ter passado batido, caso eu não soubesse do que se tratava, e não tivesse tido participação ativa nele.
Me apavorou, no entanto, a quantidade de informações precisas a respeito de todos aqui, inclusive coisas muito pessoais! Me apavorei mais ainda, na época, que soubessem do fato de forma TOTALMENTE DISTORCIDA DA REALIDADE. Eu tinha como PROVAR e se preciso for, também teria, agora!


Recebi essas pessoas e expliquei-lhes o que ocorrera de fato. Expliquei os motivos, pelos quais eles não deveriam publicar nada a respeito, pois correriam o risco de sofrer Prossesso Judicial, não da família, mas sim da “Instância Superior, envolvida no caso, e que talvez não apreciassem tal ação”. Fui compreendida no ato!

O problema é que estou em estado de choque, novamente! Estou, realmente, APAVORADA, além de completamente indignada com as declarações e acusações de Dicesar contra meu sobrinho, o Marcelo Dourado, nesta madrugada.

Me apavora o fato de pensar em “que tipo de pessoa ouviu ou ouvirá tais declarações, e o mais grave, o que poderá fazer com elas, CONTRA o Marcelo, depois que ele sair do Programa” e tenho motivos para temer tal repercussão na mídia. Temo, não só pelo Marcelo, mas por toda a minha família!

O bairro onde moro sempre foi considerado um bairro familiar, mesmo assim, como em qualquer outro lugar do mundo, numa das Avenidas principais, próximas a minha casa, havia pontos de prostituição, após certo horário (Prostitutas mulheres).

Elas nunca causaram problemas. As famílias continuavam as suas rotinas de caminhar pelas ruas à vontade e, o mais importante, haviam muitos simpatizantes que compreendiam e respeitavam esse trabalho, INCLUSIVE, ajudavam-nas a se esconder, da tal Instância Superior, quando esta chegava para receber propina, para que a prostituição ali pudesse acontecer. A “cobrança, para a permanência, na esquina,” nunca era feita de forma tranqüila, óbvio, sempre de forma violenta, por isso, muitos dos moradores das proximidades as protegiam! Muitas vezes elas não tinham como pagar o que lhes era cobrado e apanhavam, entre outras coisas, por isso!

Aos poucos, contudo, e hoje sabemos os motivos, as prostitutas foram sendo “expulsas de seus pontos habituais”, e em seu lugar, começaram a aparecer “travestis”. Daí começaram os problemas aqui no Bairro, pois eles não demonstravam o menor respeito aos que passavam, fossem homens, mulheres, idosos, jovens ou famílias inteiras que começaram a se sentir ameaçadas, constantemente.

Hoje, sabe-se que a tal Instância Superior, esteve por trás de tais mudanças, o tempo todo.


Certa noite, o Marcelo e mais três amigos (inclusive o do cachorro, que NÃO tinha cachorro ainda) vinham passando pela esquina de nossa casa (todos moravam aqui e se dirigiam a casa de um deles, nesta mesma Avenida), quando foram abordados e agredidos verbal e fisicamente, pelos travestis que ali faziam seu ponto. Não estou brincando, pois eles faziam isso, com qualquer um, todos os dias, o que é facílimo de comprovar, através de notícias em jornais).

Enquanto isso, na mesma quadra (e por sorte, naquela noite), minha filha conversava com amigos em frente a casa de um deles (eram outros os amigos, outras as idades), coisa de algumas casas de distância, de onde avistaram e ouviram toda a confusão, desde o início. Os travestis ameaçavam os guris de chamar o pessoal da I.S, caso na fizessem o que eles queriam (precisa explicar?) e foi o que fizeram ou melhor, já haviam feito, creiam.

Não demorou nem 10 min, do começo da confusão, para que chegasse um veículo com 4 homens armados, de revólver em punho, apontando para Marcelo e seus amigos. Foram colocados contra a parede, forçados a se ajoelhar, mostrar documentos...

Minha filha, junto com uns quinze amigos assistia a tudo, do outro lado da calçada, pois estavam apavorados e estarrecidos com o que viam, mas observando o desfecho, já que nada mais podiam fazer, a não ser testemunhar, e graças aos céus, mantiveram sua posição até o fim!

Um desses amigos do Marcelo, amigo de infância (como os outros) era, inclusive, filho de funcionário (e Advogado) dessa Instituição Superior da qual trato, creiam, e ele havia deixado a Identidade em casa, já q ficava a duas quadras dali, e não iam pra balada, apenas sairam pra conversar. Aí o caldo entornou!

Os “homens” não acreditaram e começaram a agredi-los, no entanto, um dos homens liberou Marcelo e os outros dois, que correram como loucos para buscarem o pai do guri, que lá ficara, contra o muro e com uma arma enfiada em sua boca, ouvindo berros para que se ajoelhasse e pedisse o seu perdão, já que estava SEM A IDENTIDADE, enquanto o outro me avisava.

Sei disso, porque, justamente, minha filha testemunhou com seus amigos todo o ocorrido e enquanto os guris corriam pra buscar a nossa ajuda, os 4 homens colocaram seu amigo no veículo e o “levaram para um passeio”.

Uma quadra me separava de tudo. Eu estava em casa, de pijama.
Coloquei um casacão (era inverno), peguei meu carro e fui direto para a Delegacia mais próxima (levei meia hora, no máximo), mas ao chegar lá fui informada de que o guri, “que haviam colocado a força no veículo, “havia se machucado sem querer” e que estava sendo atendido no Hospital de Pronto Socorro!”

Quando ele chegou acompanhado dos 4 homens chegou aos pedaços. Chegou totalmente machucado, sujo de sangue, roxos, feridas, dentes quebrados e com Traumatismo Craniano!

Por sorte, esta Delegacia estava também cansada de receber pessoas nessas mesmas condições e circunstâncias, e me alertou que tal Instituição estava a perigo, estavam sendo avaliadas inúmeras queixas, pois este não era o primeiro caso, que por lá passava e fui inclusive muito bem instruída e respaldada a respeito dos procedimentos.

Foram muitos os casos, aqui no Bairro. Verdadeiras ATROCIDADES em nome da prostituição desse grupo de Travestis e do dinheiro que isso gerava aos bolsos de gente inescrupulosa, que devia servir à Segurança Pública, mas isso era o que menos interessava!.

Foram inúmeros os Prossessos contra essa Instituição, foram inúmeras as notícias em Jornais, Rádio e Televisão, até que as chacinas terminassem, até que a Paz voltasse a reinar em nosso Bairro, até que as famílias voltassem a ocupar as ruas, que eram também suas de direito.

Com certeza, todos os envolvidos foram chamados a prestar declarações, tanto os 4 homens, quanto os 4 travestis. Tanto o Marcelo e seus amigos, quanto minha filha e seus amigos, tanto famílias que moravam nos edifícios do local e da frente e alguns que passavam pela rua, naquele momento.


Os 4 homens foram afastados de suas funções, durante uns três anos, mas sabe-se que não perderam o cargo.
Foram severamente advertidos para que nunca mais ocorresse tal conduta ou sequer abordassem qualquer pessoa, no Bairro, tantas eram as queixas. Apesar disso, ainda nos mantemos em alerta, até hoje, pois várias vezes passaram pelas ruas próximas, na tentativa de acuar as testemunhas...


Os travestis?

Fácil responder!
Os travestis são esses que espalharam o ocorrido de forma distorcida, foram esses que deram declarações para os jornalistas e repórteres, que me procuraram na época do BBB 4, com falsas acusações e com minúcias sobre os envolvidos, no intuito de DENEGRIR A IMAGEM DO MARCELO E SEUS AMIGOS, quando ele apareceu no BBB 4 porque, obviamente, nutrem um ódio desmedido, pela situação ocorrida, quando DEOURADO E SEUS AMIGOS FORAM AS VERDADEIRAS VÍTIMAS e podiam estar mortos, hoje, caso não houvessem testemunhas!

Eu não queria contar sobre o fato porque acredito que muitos que ignoram a realidade, poderiam demonstrar ódio ou revolta por travestis, e NÃO É ESTE O MEU OBJETIVO, e sim, alertar sobre que motivos teria Dicesar para INCITAR A VIOLÊNCIA CONTRA O DOURADO, NO BBB 10, E O MOTIVO TEM A SUA ORIGEM AQUI

Daqui se originaram as FALSAS ACUSAÇÔES (surgidas no BBB 4) de que Dourado e seus amigos tinham, por divertimento, “bater em travestis”, entre outras tantas e que, hoje, blogueiras e blogueiros metidos a intelectuais estão ALIMENTANDO, sem cessar, na Net BBB, através de inocentes, que não tem condições de avaliar a barbárie, que estão promovendo contra Dourado!

Resta dizer, que não odeio travestis, que fique claro, mas que DESPREZO ESSE GRUPO, QUE FOMENTOU E ORIGINOU TODA ESSA IRA DESMEDIDA, DESCABIDA E COVARDE, DURANTE ESSES ANOS TODOS, pelo Dourado, e que agüentei calada, para não provocar mais distorções, ainda.


Dicesar, está fazendo o papel de MANTENEDOR DESSA IRA CONTRA O DOURADO, em Rede Nacional, em nome de um fato que desconhece em suas origens, e que simplesmente, preferiu ouvir, acreditar e promover!

Virou porta-voz de “um grupo”, que representa o que há de mais baixo e vil, na Raça humana, tal como esses BLOGUEIROS e BLOGUEIRAS, que aqui mesmo na Internet, e em nome de uma suposta causa gay promovem e incitam à violência, contra o Dourado.

Espero que muitos, espero que milhares de simpatizantes leiam isso, saibam disso e reconheçam, que como SERES HUMANOS todos temos Direitos, e o primeiro deles é o DIREITO A VIDA, senão a uma vida digna, não importa se somos alguém comum ou um participante de BBB!

Desde que entrei na Net BBB, sou das únicas pessoas com cara, nome, sobrenome, endereço, mail, blog, e telefone. Não devo nada a ninguém, mas devo tudo a Torcida Dourada, que incessantemente, defende o Marcelo e merece saber a verdade, sempre! Devo isso também aos homossexuais que reconhecem seus Direitos tal qual reconhecem os Direitos de qualquer outro, porque sabem-se HUMANOS.

O ESTRAGO ESTÁ FEITO, E MEU SOBRINHO, MAIS UMA VEZ VÍTIMA DE GENTE INESCRUPULOSA ESTÁ SIM AMEAÇADO DE MORTE, JÁ QUE COM ESSE TIPO DE GRUPO NÃO SE BRINCA!

SE É A MORTE DELE QUE ESTAVAM BUSCANDO, TALVEZ ESTEJAM BEM PERTO DE CONSEGUIR!
ESTÃO FELIZES?

Tia Rô
Postado por Tia Rô

SOBRE A TIA RÔ E SOBRE O POST ANTERIOR
(Depois seguimos a lei natural, do Jogo BBB)

É preciso que eu tire algumas dúvidas, a respeito de quem sou eu, pois ainda ocorrem certas confusões, na Net BBB de agora, já que muitas pessoas não me conhecem.

O que quase todos já sabem é que uso o nick Tia Rô, e o utilizo desde o BBB 4, quando entrei, pela primeira vez, no Tevescópio, da Dona Lupa. Tia Rô é abreviatura de meu nome, que é Rosângela, e mais o título de parente que me cabe, que é o de Tia (tia do Marcelo Dourado), como eu assinava na época.

O BBB mudou, não é mais o 4. Agora é 10, mas continuo sendo a mesma tia de antes, com uma diferença, apenas, a de que não moramos mais na mesma casa, e só!

O post feito sobre o ocorrido, talvez nem seja do conhecimento do restante da família, até porque nunca moramos todos juntos, e nem sei se o Dourado contou pra mais alguém esse episódio, ou ainda se contou talvez a pessoa nem lembre, já que faz muitos anos, seus irmãos eram menores, e por aí vai...

Bem, só para esclarecer o motivo de eu ter contado sobre tal episódio (e para que alguns não estranharem eu não ter contado antes), digo agora: porque nunca foi necessário, apenas isso.

Quando as primeiras acusações, dessa natureza, ocorreram eu estava na Net. Eu mesma as vi, li, e me familiarizei com elas, assim como outros blogueiros e comentaristas da época, e talvez por esse motivo, hoje, “alguns menos avisados usem-nas como se tivessem conhecimento de causa para falar”, mesmo que nada consigam provar. Conhecem aquela história de que “a ocasião faz o ladrão”?

E, o mais importante de tudo: eu não afirmei, em meu post, que Dicesar sabia disso anteriormente, e sim, mostrei a possibilidade disso ter chegado de alguma forma aos seus ouvidos (fora da Casa do BBB), pois dentro não aconteceu nada que justificasse as calúnias proferidas uma noite inteirinha.


A maneira como isso chegou à Internet, naquela época, eu também não sei, mas suponho que só pode ter sido por quem sabia do episódio. Pessoas além de nós que o vivenciaram, tinham interesse que isso se espalhasse, e fosse usado contra o Marcelo, já que nossos nomes nunca foram citados pela mídia. Cuidado tomado, na época, para a nossa proteção.

Na época ninguém prestou muito a atenção (e cheguei a pensar que só eu tivesse percebido), mas hoje, os que se apropriaram disso e usam contra o Marcelo, cumprem o papel esperado, aliás um péssimo papel! Espero que vocês tenham compreendido dessa forma também, porque para mim, não há outra explicação.


Bjssssssdourados em seus corações e vamos em frente, que o BBB continua com Dourado demonstrando, cada vez mais, ser merecedor de aplausos!
E tá certo ele, em convidar um esfregão para dançar, pois mais vale um esfregão mudo, do que gente falsa soltando merda pela boca!

Postado por Tia Rô

Tessália anuncia fim do namoro com Michel
iG São Paulo
Na tarde deste domingo (21), pouco antes de Michel participar do "Domingão do Faustão", na Globo, Tessália usou o Twitter para noticiar sua solteirice:
"Tessália e Michel não estão juntos", escreveu a ex-confinada do "BBB". O casal iniciou um romance dentro da casa mais vigiada do Brasil, 12 dias antes da participante deixar o programa.
Fora do programa, a capa da Playboy de março disse que esperava pelo namorado, mas aos poucos foi deixando de citar o nome do publicitário. Ele foi eliminado na última terça-feira (16) e a imprensa aguardava pelo encontro dos dois, até que Tessália divulgou o término do relacionamento, para a alegria da mulherada apaixonada pelo Michel em todo o Brasil.


Sobre o relacionamento com Tessália, Michel disse que estava solteiro e que não teve tempo de encontrá-la: "Nós moramos longe, em cidades diferentes e isso dificultaria as coisas", disse.
Michel comentou sobre a polêmica envolvendo sua ex-namorada. Para ele, não ter terminado com Karen foi um erro: "Eu não prometi fidelidade e ela sabia que poderia acontecer alguma coisa na casa", explicou.


Serginho sobre Fernanda: “Pretendo conhecê-la”
No chat com Serginho realizado pelo site oficial do programa, o assunto mais mencionado foi o affair entre o estudante e Fernanda. “Eu tenho uma grande atração por ela, um carinho bem diferente. Fazia tempo que eu não sentia isso por uma mulher”, disse ele.
Apesar de não estar apaixonado pela moça, ele conta que pretende conhecê-la e que a viagem que prometeu fazer com Fernanda à Argentina está de pé. E ele deixa no ar: “Sei lá se a gente vai ser amigo, vai ser alguma coisa a mais”.
A ida para o Quarto Branco e o paredão de Michel foram os momentos mais difíceis para o brother. Sobre a amizade com o publicitário, ele conta que foi sincera e que não vai além disso. “Podem ter achado alguma coisa por eu ser gay e ele hétero”, falou. Serginho ainda disse que não sentiu atração por nenhum dos homens do BBB10.
O estudante disse que não sofreu preconceito de ninguém na casa: ”Senti alguns olhares, mas preconceito ainda é uma palavra muito forte”. Até a provável homofobia de Dourado ele preferiu não comentar: “Ele sempre tratou bem o Dimmy e a mim, mas não sei como ele trata os gays aqui fora”.
Ainda sobre o lutador, Serginho diz que não quer que ele ganhe por achar que ele é muito jogador.
“Eu era 100% coração. Nunca dei um sorriso cheio, intenso para ele. Era um sorriso de respeito. Ele dizia ter amigos, mas ele só queria proteger a si próprio”. A torcida do estudante pelo prêmio é para Cadu.

Serginho considera que Lia foi uma pessoa verdadeira com ele. “Lia é difícil, muito extremista”, diz o moço, que mesmo assim torce por ela neste paredão: “Quero que Maroca saia, pois ela era minha segunda opção de voto”.
O plano do estudante agora é “continuar na ativa”: “Eu quero ver gente, eu gosto de conversar com as pessoas”. Serginho diz que está solteiríssimo, que faria um ensaio sensual ao lado de Michel e que adoraria atuar em uma novela: “Se eu receber um convite, nossa!”, diz.
Fazendo um balanço da sua participação no programa, ele diz não se arrepender de nada e que a Internet foi do que ele mais sentiu falta durante o confinamento. Na mensagem final para os espectadores, ele declara: “Orgulho de mim mesmo, orgulho do Brasil, orgulho da igualdade!”.

"'Big Brother' não é cultura, é um jogo cruel", diz Boninho
Folha de S.Paulo
A décima edição do "Big Brother Brasil" chega à reta final com recordes de votação e "merchandising" e mais interativo do que nunca.
"O 'BBB' não é cultura. É um jogo cruel", diz o diretor de núcleo do programa, José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, em entrevista exclusiva à coluna Outro Canal.
O diretor de núcleo do "Big Brother", José Bonifácio de Oliveira, o Boninho; programa está chegando à reta final

FOLHA - O que mais marcou o "BBB" nessas dez edições?
BONINHO - A coisa mais marcante do programa é o Pedro Bial, que vamos repetir sempre. Foi a melhor surpresa que tivemos. No começo, era ele e a Marisa [Orth]. O próprio Pedro descobriu algo diferente no programa. Um cara com a história dele como jornalista encarar isso com leveza, seriedade e bom humor, é raro.
FOLHA - Que fórmulas bem sucedidas são mantidas a cada edição?
BONINHO - Em conteúdo, quase nada. Todo mundo fala que há o pessoal que aprendeu, e há mesmo. Fazemos reality há doze anos. A televisão brasileira é muito poderosa, a penetração da TV na população é muito forte, então, há uma geração que já nasceu assistindo a esse programa e se preparando para participar dele. Da mesma forma que esses caras se preparam para participar, a gente aprende a surpreendê-los. De um programa para outro, percebemos que eles estão mais espertos e, então, nos preparamos para ficar mais espertos ainda. É meio que um jogo de gato e rato o tempo todo. Na realidade, em cada um há um pouquinho de tudo o que a gente já usou, mas sempre há uma virada nova. É uma preocupação muito grande ter novidades. Algumas coisas que fazem sucesso a gente mantém, como os desenhos de Maurício Ricardo, as historinhas, a forma como a gente apresenta os participantes. O que é bacana no "BBB" é que, quando se junta dez, 12 pessoas, conta-se sempre uma história diferente. Não adianta. A química do grupo é fundamental.
FOLHA - E o que a 'química' da homossexualidade traz para o jogo?
BONINHO - Isso não entra no jogo, mas, sim, na composição que a gente quer montar. Quem vou colocar no jogo para surpreender quem está dentro e quem está fora? Não colocamos ninguém no "BBB" para discutir homo ou heterofobia, minorias... Não escolhemos um personagem representando coisas. O fato de ser ou não homossexual não é para interagir no jogo. Não estou preocupado se o cara é gay ou não. Ele não vai entrar por ser gay, mas pelo que traz para a competição. Foi o que aconteceu com Jean [Wyllys, vencedor da quinta edição]. Ele não entrou por ser gay, entrou por ser inteligente. "Big Brother" não é cultura, não é um programa que propõe debates. É um jogo cruel, em que o público decide quem sai. Ele dá o poder de o cara que está em casa ir matando pessoas, cortando cabeças. Não é um jogo de quem ganha. Para o cara de casa, é um jogo de quem você elimina. Só no último programa é que é feita a pergunta: "Quem merece ganhar?".
FOLHA - O que marca esta edição?
BONINHO - É o "BBB" da porrada, do jogo. Não há um cara ali que esteja a passeio. Eles estão claramente jogando, disputando um prêmio de R$ 1,5 milhão. Isso é um pouco do que a gente tentou muito fazer. Nos dez programas, tínhamos a expectativa de ter um grupo que quisesse dar a cara a tapa para jogar. E essa galera toda dá. Não temos nem bons nem maus meninos, não há esses parâmetros no programa. Há o grupo que você ama ou odeia, mas não há um grande vilão ou um grande herói. No Twitter, torcem para todos. Toda vez que um deles é eliminado, uma das torcidas ameaça não assistir mais ao "BBB". Está claro que a gente tem uma torcida enorme para cada participante. Era isso [jogo o tempo todo] o que a gente queria fazer, e conseguimos. O "BBB" do Alemão [sétima edição] foi mocinho contra bandido. Era o Brasil contra o bandido. Quando, nas provas de resistência, a turminha do Alemão ganhava, era uma torcida só. Como na Copa do Mundo: Brasil contra todo mundo. Era um programa mais fácil de fazer. Se ele roubasse na prova, ninguém ia reclamar. Agora, temos milhões de fiscais.
FOLHA - Qual o papel da interatividade via Twitter nesse "BBB"?
BONINHO - Desde o terceiro "BBB", a gente passou a usar a internet como um meio de reconhecer o que o público olha, o que avalia do programa e mesmo como uma forma de a gente conseguir fazer a seleção. O "BBB" começa em agosto, com os participantes querendo entrar no programa. No de 2009, teve uma espécie de Orkut, mas eu não estou procurando agregar público com a internet. Ela é uma forma de falar do "BBB" em outros caminhos, é uma grande interatividade. O Twitter dá um poder para o cara de casa que ele sempre achou que tinha e, agora, está descobrindo que tem mesmo. A internet é para os tempos modernos o que eram, no passado, aquelas duas velhinhas que conversavam na janela sobre televisão. Os fatos que acontecem nesse tipo de programa precisam ter uma sobrevida, reverberar o tempo todo. O que faço é marketing do programa.
FOLHA - O que o programa tem de melhor e de pior?
BONINHO - Aqui não tem nem melhor nem pior. O que me incomoda é quando não conseguimos provocar esses caras e eles conseguem ficar "armados". Mas geralmente a gente consegue desmontá-los. O que a gente tem de lembrar é que o "Big Brother" é um jogo, vale uma grana. Você tem um melhor amigo na casa, mas ele é o seu maior inimigo. Ele está competindo com você. Só um dos dois vai ficar com o dinheiro. É muito cruel. A gente quer sempre provocar o pior neles, nunca o melhor. A gente não quer que todo mundo se abrace e diga que se ama. Isso, para mim, seria o pior. A tendência do jogo é fazer com que eles briguem, que lutem pelo dinheiro. Quando alguém é péssimo para o público, ele é maravilhoso para a gente. O "Big Brother", para a minha equipe de seleção, não é um jogo de experiência científica, é só um jogo. Não nos afeta, não nos chama a atenção a hora em que o cara fica acuado ou fica psicologicamente afetado por alguma coisa e pode virar um monstro. Não estamos preocupados com conceitos psicológico, mas, sim, com os relacionamentos e com a brincadeira que é proposta.
FOLHA - "Brothers" marcantes?
BONINHO - O que acontece é que eu vou deletando. Tem alguns de que eu gosto. O Dhomini [Ferreira, ganhador do terceiro programa] é um cara que jogou de forma muito bacana. A Sabrina [Sato, participante do "BBB3"] é uma figura ótima, que impulsionou. O Jean [Wyllys] foi muito inteligente quando descobriu que a casa inteira estava contra ele e usou essa bandeira até o final para ganhar. O Alemão, com o triângulo amoroso [formado com Fani Pacheco e Íris Stefanelli], foi superengraçado. A crise da Tina [Vanessa Cristina Soares Dias, do "BBB2"], a loucura dela batendo panela, foi genial. Só penso no sucesso do jogo. Tem alguns que me ligam, de quem sou amigo. Mas digo sempre: quando vejo um "big brother", atravesso a rua. Não é maldade. Mas é que não me apego. Eu os encaro como peças de um produto, de um jogo. Fico o tempo todo pensando em que provas posso fazer para incomodar alguém. Esse tipo de trabalho dá uma distância e eu acabo não torcendo para ninguém.
FOLHA - E como você cria essas provas?
BONINHO - Há dois tipos de provas. No primeiro, observo o grupo. Em conversas, eles acabam dando dicas do que pode incomodar. Pode ser uma besteira, como na semana passada, quando fiz a eleição do mais falso da casa. O segundo são as provas de resistência, que fazemos quando há uma certa tensão, uma divisão.
FOLHA - E a reta final do programa?
BONINHO - Até terça da semana que vem, teremos um paredão atrás do outro. A gente vinha trabalhando com paredões triplos, o que deixa a casa um pouco mais indecisa porque, quando se tem três pessoas para serem votadas, eles não conseguem avaliar o que foi determinante na escolha do público. Trouxemos do ano passado a experiência de não contar o percentual de votos para eles. Quando a gente falava, eles tinham uma referência do que as pessoas queriam aqui fora. Não contar funcionou à beça, eles ficaram perdidos. Eles não sabiam ainda, mas, desde sexta, a cada três dias sairia alguém. Essa eliminação é o mais cruel que existe, porque eles veem as pessoas indo e caem na real, podem ser os próximos. Acho que é o que vai pesar na reta final. Como esse é um time que discute, briga, fala as coisas na cara, a chance de pegar mais fogo ainda é enorme.
FOLHA - O que há reservado para o futuro do programa?
BONINHO - Temos quatro edições já fechadas e estamos negociando mais quatro. Mas isso só se confirmará em agosto.
FOLHA - E a 11ª edição?
BONINHO - Queremos dividir os participantes por regiões. Podemos ter pequenos "BBBs" em cada região e, depois, trazê-los para a casa nova. Seriam cinco casas com seis pessoas, de onde sairiam os finalistas. Entre o final de dezembro e o começo de janeiro, teríamos um micro-"Big Brother" para cada região.
FOLHA - O que tem a dizer sobre a suposta invasão do impostor do "Pânico na TV" (Rede TV!)?
BONINHO - Sou diretor do "BBB", de núcleo. A decisão de fazer alguma coisa foi da direção da TV Globo e do departamento jurídico. Eles estão partindo para um processo. Eu concordo com isso.
FOLHA - Tudo certo com Tessália?
BONINHO - Mais ou menos. Pode ser até que ela não venha à final com todos os outros. Há uma grande chance de ela não vir. É uma decisão nossa, não tem nada a ver com a direção.