segunda-feira, 25 de maio de 2009

Programação de hoje

21:00 LOST, no AXN22:00 - CQC, na Band
Para ir ao estúdio: plateiacqc@band.com.br

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Maísa chora no SS (para poder entender o último Top 5)




Conselho decide se entra na Justiça para tirar Maísa do ar.

O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo (CONDECA-SP) se reúne nesta quarta-feira para decidir se entra com uma ação cível contra o SBT por expor Maisa Silva a algum tipo de constrangimento. Há dois domingos a emissora exibe cenas em que a menina, 6 anos, deixa o palco chorando durante o quadro Pergunte a Maisa, no Programa Silvio Santos.
"Fomos cobrados por parte da população, já que com essa idade ela não poderia sequer trabalhar, o que só é permitido a partir de 14 anos. E se for comprovado que ela sofreu algum constrangimento na TV, vamos entrar com uma ação para que ela tenha a licença para trabalhar cassada", explica Antonio Jorge dos Santos, conselheiro do CONDECA-SP.

O Ministério Público Federal também recebeu uma representação contra o programa por expor a menina a uma situação traumática no dia 14 de maio, quando ela teve uma crise de choro ao ser confrontada com um menino maquiado de monstro. Pouco antes, ela chegou a pedir a Silvio Santos para não vê-lo porque tinha medo - imagens que o jornalista Marcelo Tás e equipe se recusaram a exibir no quadro Top Five, do CQC, da Band, do qual Maisa é praticamente sócia. "A gente não acha nenhuma graça em ver uma criança ser humilhada em rede nacional. Parte do nosso público não entendeu e esperou ver esse vídeo, mas fizemos questão de não colocar no ar e deixar claro nosso limite", diz Tás, que ganhou uma foto autografada de Maisa, entregue pelo pai da menina. "Temos um caso de amor com ela".

Para Fátima Vasconcelos, chefe do setor de psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, Maisa está precisando de férias. "Ela não está bem no trabalho. A química que funcionava entre ela e Silvio Santos não está acontecendo. Seria importante um afastamento por um tempo, já que visivelmente ela está assustada e insistir nisto só vai fazê-la sofrer mais ainda", analisa. Segundo fontes do SBT, nos quatro próximos programas gravados, Maisa não chora.

Justiça revoga alvará que permitia a Maisa fazer programa de TV, diz MP
Decisão foi divulgada nesta sexta-feira (22), em São Paulo. Emissora diz que ela não participará de programa com Silvio Santos.
Do G1, em São Paulo
O alvará de trabalho que permitia à menina Maisa Silva, de 7 anos, participar do programa "Pergunte para Maisa", no "Programa Silvio Santos", do SBT, foi revogado pela Justiça no início da noite desta sexta-feira (22), segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público Estadual (MPE). Entretanto, o MPE não detalhou se a determinação restringe outras atividades da menina na emissora.

A assessoria de imprensa do SBT afirmou no fim da noite que vai acatar a decisão da Justiça de Osasco e que a empresa não pretende recorrer. Entretanto, segundo a assessoria da emissora, está previsto que ela continue a apresentar dois programas de desenhos animados, um aos sábados e outro aos domingos.

Segundo o MPE, o alvará que foi cassado havia sido concedido pela Promotoria Estadual da Infância e da Juventude de Osasco, com a concordância da Justiça do município. Por entender que Maisa teria sido submetida a situações que ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) durante os programas, o Ministério Público Estadual (MPE) decidiu pedir a revogação do alvará, sendo atendido pela Justiça de Osasco nesta sexta.
Investigação federal
O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em exercício, Pedro Antonio de Oliveira Machado, instaurou na quarta-feira (20) inquérito civil público para apurar as condições de trabalho de Maísa. De acordo com nota divulgada pelo MPF, o procurador requisitou fitas dos programas dos dias 10 e 17 de maio à emissora e vai apurar se houve abuso à sua integridade psíquica e moral.

Nesta sexta-feira (22), o procurador enviou ofício ao Ministério das Comunicações para saber se o órgão tomará alguma medida contra o programa. Segundo a assessoria do MPF, o ministério terá prazo de cinco dias para responder após ter sido notificado.