terça-feira, 18 de março de 2008

BBB 8 terá "paredão-relâmpago"

"Big Brother 8" terá "paredão-relâmpago", diz Castro
da Folha Online
A Globo mudou o final de "Big Brother Brasil". A oitava edição do reality show terá, pela primeira vez, três paredões para definir o vencedor. A informação é do colunista Daniel Castro, na Folha desta terça-feira (18). De acordo com Castro, o primeiro paredão será formado na próxima sexta entre os quatro participantes que restarão a partir da eliminação de hoje à noite; um deles se tornará líder na quinta-feira.
Serão dois "paredões-relâmpago". O paredão a ser formado na sexta será decidido no sábado à noite. Os três "sobreviventes" disputarão uma prova. O vencedor estará na final, na terça-feira. Os dois perdedores farão outro paredão-relâmpago, a ser decidido no domingo.
Segundo Daniel Castro, o diretor J.B. de Oliveira, o Boninho, desistiu de definir um dos dois finalistas pelo "big fone". A idéia inicial era de que quem atendesse ao telefone no próximo sábado seria finalista. Castro diz que Boninho resolveu voltar atrás após reclamação de fãs, motivada pela publicação da notícia do finalista eleito pelo "big fone" por sua coluna, Outro Canal. Ainda segundo o colunista, a Globo não perdeu audiência do "BBB 8" com a saída de Marcelo. As edições de quinta até ontem deram média de 36,2 pontos no Ibope da Grande São Paulo, 0,9 a mais do que no mesmo período da semana anterior.


Sem conflitos, "BBB" mergulha no marasmo da "falsa simpatia"
TINO MONETTI Colaboração para a Folha Online
Faltando pouco para o fim da atração, o "Big Brother Brasil" passou de uma competição real onde diversos meteoros se colidem em um céu de ganância, para um universo onde famosos estelares convivem com cinco luas sem brilho próprio e em órbita perdida.
Pedro Bial já tinha avisado que Marcelo foi o grande "protagonista" desta edição do "BBB". É a velha história "falem bem, falem mal, falem de mim" que ataca sem piedade. Mesmo barraqueiro, o psiquiatra oferecia altas doses de diversão, sarcasmo e combate ao reality show da Globo.
Dentro da casa, o marasmo parece dominar o programa que, sem alguém para cutucar com "vara fina" --como diria Gyselle--, se torna uma absoluta perda de tempo sem limites, protagonizada por um quinteto mais mascarado que amigos festeiros no Carnaval.
Com a suavidade e o "clima de paz" aparente que impera, fica ainda mais difícil suportar as falhas de personalidade e os momentos vazios que os participantes restantes fazem questão de exibir ao longo dos longos dias que antecedem a final.
Gyselle, Rafinha, Thati, Marcos e Natália (a gaúcha, em menor grau, talvez por sua autenticidade) nos mostram como a vida e o comportamento humano é enfadonho sem conflitos, discussões ou pontos divergentes para serem acertados.
Fingindo que "tudo vai bem", os confinados ganham mais confiança de que passam uma boa imagem na TV, mesmo sem saber que a falsidade de seus personagens é percebida rapidamente pelo olhar atento aqui fora.
Sem opções, a Globo apela para o segundo maior chamariz de audiência, depois dos "15 minutos de fama" de alguém tão desconhecido como você: famosos.
Enchendo a casa de celebridades de todos os tipos e tamanhos, a direção da atração consegue ao menos criar uma "egolândia". Na disputa acirrada pela atenção dos "deuses" da atualidade, cria-se apatia pelo "desconhecido" ao lado e adoração pelo ser intocável que também senta e come na sua frente.
Deborah Secco, Claudia Leitte, Paulo Ricardo e Jorge Fernando são ferramentas práticas que o canal coloca em ação para tentar dar brilho à monotonia de um elenco de gente comum demais, básica, sem estrelas, ataques ou questões contundentes.
Trocando em miúdos, um mundo onde a "falsa simpatia" reina sobre a "sinceridade ainda que grosseira", a idiotice e a falta de personalidade transformam os competidores em crianças-adultas sem limites. Desta forma, acaba também com a possibilidade de qualquer tipo de reflexão, diálogo ou análise, de qualquer situação.
O que era um estudo intenso sobre o comportamento humano dentro de uma fantasiosa e deslumbrante caixa de Skinner, se revela como um lento e desgastado teatro de fantoches onde cada personagem demora demais para empolgar o público que, bocejando, agradece aos céus por esta não ser sua vida.