sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Promoção Cante como a Bismarchi! no 'Te dou um dado?'

Para participar é muito fácil: perca qualquer noção do ridículo e solte sua voz como Ângela Bismarchi e mande pra gente no tedouumdado@gmail.com - a imitação mais fiel leva uma camiseta exclusiva do TDUD?.


E para você entender o espírito da coisa, Lele mostra como é que se faz. Som na caixa:

Não perca!
Fonte: Te dou um dado?

Rapidinhas da Reina
por Juliano Machado

Reajuste dos servidores está subindo no telhado
Os empregados do setor privado no Brasil têm o costume de enxergar os funcionários públicos como eternos privilegiados de benesses do Estado, como a estabilidade no cargo e, principalmente, reajustes salariais generosos. Com a crise econômica, porém, a realidade não tem sido bem essa. O
Correio Braziliense informa que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez ontem um apelo aos senadores para vetar qualquer tentativa de aumento aos servidores e de despesas com a Previdência. O governo tem duas Medidas Provisórias em tramitação no Senado que se chocam fortemente com essa orientação: uma corrige o salário de mais de 350 mil funcionários; outra cria 2 mil cargos na Polícia Federal. Entidades do funcionalismo público, que já estavam insatisfeitas com a demora na votação das MPs, ameaçam agora com paralisações. E pensar que a crise começou como uma marolinha para o governo...

Em SP, Kassab ameaça até a “Tatolândia” petista
A dura derrota imposta pelo democrata Gilberto Kassab à petista Marta Suplicy pode ainda resultar em mais perdas futuras para o PT. Num grande reduto do partido, o bairro da Capela do Socorro, na zona sul, Kassab bateu Marta, ainda que por vantagem apertada: 50,5% a 49,4%. O bairro é conhecido pelo apelido de Tatolândia, em razão da supremacia política da família Tatto por ali. Arselino, o vereador do clã, foi reeleito, mas seu número de votos na região caiu em relação a 2004. E o
Valor Econômico (para assinantes) diz por que o golpe aos petistas pode ter mais desdobramentos. Kassab e sua base na Câmara conseguiram capitalizar para si um grande projeto (vejam só) do governo federal petista na Capela do Socorro: um plano de reurbanização de favelas com dinheiro do PAC. O PT anda atordoado na maior cidade do país

Obama, o bicho-papão dos debates
O jornal
The Washington Post traz nesta sexta-feira uma análise sobre a importância dos debates na TV para o democrata Barack Obama na corrida pela Casa Branca. No começo de setembro, lembra o diário, a disputa estava embolada. Uma pesquisa do Post, junto com a rede de TV ABC, apontava que o republicano John McCain tinha dois pontos porcentuais de frente. No levantamento seguinte, feito logo após o segundo debate, Obama já aparecia com dez pontos de vantagem. “Desde então, a disputa ficou estável”, diz o texto. A última pesquisa dá 52% para Obama e 44% para McCain. Nos debates, cujas regras incluíam a proibição a qualquer recurso mais baixo, como a apresentação de documentos ou gráficos enviesados, prevaleceram a retórica cativante e a sensação de segurança de Obama. Diante disso, cheira a formalidade o que vai sair das urnas americanas na terça-feira.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

The Tudors, 22h no People and arts. ULTIMO EPISÓDIO HOJE!



Resumão do 9o. Episódio

- O capítulo começa complicando a vida da Anne quando o legista diz que bebê de Anne tinha 4 meses e era "deformado";
- Anne fica sabendo que Henry deu um medalhão pra Jane (com a foto dele dentro) e arranca do pescoço da loira, vai tomar satisfação com o Secretário por ter sedido seus aposentos aos Seymor (esses aposentos são ligados por uma passagem aos do Rei) e Anne rompe com o Secretário por isso;
- Como pouco problema é bobagem, Anne recebe a cunhada (corna do gay) que se queixa de "maus tratos" (tipo mal-comida) e Anne aproveita para levantar a lebre e dizer que Henry não é cabra viril (UUUUUUUUUUUUI);
- Rola uma festa e Anne chama os franceses de mentirosos e hipócritas, confome combinado com seu pai que no mesmo momento tenta estreitar laços com o embaixador da França. O Embaixador tenta trocar o arranjo do casamento da filha de Anne pelo apoio a invasão da Itália;
- Charles (fofoooooooo) vai fazer fofoca pro Henry sobre o comportamento de Annne e insinua que ela o trai. As ladies que acompanham Anne são interrogadas e levadas a confirmar que a Rainha recebe homens em seu quarto e flerta com eles... Insinua-se também o flerte entre Anne e seu irmão (o gay);
- Henry afasta Jane da corte a fim de poupá-la disso tudo;
- A mulher do gay confirma a desconfiança de insesto entre os irmãos (que eca);
- Mark Simeon (o violinista amante do gay), é torturado para que confesse que dormiu com Anne (Hellooooooooo! Ele é GAY!) - essa parte foi horrível, esmagaram o olho dele depois levaram o pobre inocente para ser esticado naquelas camas de tortura. Mark confessa o que nunca fez, óbvio, e muitos homens são presos por traição, incluindo o irmão de Anne por envolvimento carnal;
- O poeta, que foi o único que se envolveu com Anne antes do Rei, nem precisou ser muito interrogado, de prima já disse que comeu a rainha;
- Oi Milords são presos por adultério na torre. 4 são executados por decaptação e o único poupado foi o poeta (que coisa hein?!);
- Anne também é condenada a morte;
- O episódio termina com o poeta (e único que comeu da carne ), escrevendo um poema (isso é óbvio) sobre galho morto.

Rapidinhas da Reina

por Juliano Machado

1. Fed oferece ajuda ao Brasil para aumentar liquidez
O Fed, banco central dos Estados Unidos, fechou um acordo com o BC brasileiro para lhe dar acesso a US$ 30 bilhões, que vão ajudar a enfrentar a falta de liquidez em dólar observada atualmente no mercado doméstico do país. Pelo acerto, o Fed abre crédito em dólares para o BC, e este oferece ativos em reais como garantia (é a chamada operação de swap cambial). O acordo tem prazo de seis meses, com vencimento em 30 de abril do ano que vem. Segundo o
Valor Econômico (para assinantes), o BC ainda não decidiu se vai usar essa linha de crédito dos EUA. Acordos semelhantes foram fechados com os BCs de Cingapura, Coréia do Sul e México. O governo avalia que a liquidez doméstica está melhorando gradualmente, mas a situação ainda é de alerta. Bom senso, ao menos, o BC parece manter, principalmente em relação à manutenção da taxa básica de juros, ontem, em 13,75% ao ano.

2. BNDES volta a dizer que vai socorrer empresas
O governo precisa afinar o discurso sobre o que vai fazer às empresas que tiveram prejuízos em operações de derivativos, ou seja, que perderam dólares ao apostar equivocadamente em uma valorização do real há algumas semanas. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, já dissera que a instituição poderia ajudar essas companhias, o que foi negado dias depois pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e mais enfaticamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pois não é que Coutinho, após se reunir ontem com Mantega, voltou a falar de socorro aos que se deram mal com derivativos?
O Globo registra a falta de sintonia no Planalto: “O anúncio do presidente do BNDES vai de encontro com o que tem dito o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”. Ou ajuda ou não ajuda…

3. Projeto do Fundo Soberano é aprovado pela Câmara
A Câmara aprovou ontem à noite o projeto de lei que cria o Fundo Soberano do Brasil, uma espécie de poupança fiscal para aplicação em ativos externos. O fundo era o assunto preferido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, até que começaram a surgir os primeiros indícios da crise financeira global e o assunto caiu no esquecimento. Como informa o
Valor Econômico, a oposição está preocupada com a aprovação e espera que o texto seja rejeitado no Senado. Talvez seja uma preocupação excessiva. A área econômica do governo parece totalmente voltada para aplacar a crise e não teria fôlego de desviar o foco para o tal fundo, que, aliás, só faz sentido incentivar num tempo de calmaria, não agora.

4. Gastos da União com obras do PAC caem 70%
Apesar de todas as evidências de que era preciso cortar investimentos, o presidente Lula vinha declarando, reiteradamente, que nenhuma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) teria suas finanças afetadas. O discurso, porém, não está batendo com a realidade - pelo menos é o que mostra a
Folha (para assinantes) em reportagem publicada nesta quinta-feira. O jornal diz que o ritmo de gastos com projetos do PAC caiu, em média, mais de 70% em outubro na comparação com meses anteriores, tomando como base números do sistema informatizado de acompanhamento das despesas do governo (Siafi). Cada ministério argumenta que a redução se deve a questões pontuais dos projetos, e não ao contexto da crise econômica global.

5. Em um mês, devastação da Amazônia cai 22%
Os números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que, em setembro, o ritmo de desmatamento da floresta amazônica caiu 22% em relação ao que foi medido em agosto. Mas as grandezas absolutas ainda são assustadoras, como informa a
Folha (para assinantes): foram devastados, em setembro, 587,3 km² de matas, o equivalente a 40% da área do município de São Paulo. No acumulado de 2008, os desmatadores já varreram 6.268 km², quatro vezes a área paulistana. É muito, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, pelo menos reconhece isso: “Está caindo, mas a redução é insuficiente, não fico contente, não lanço rojão”.

6. O ensino que vem do berço
O Estadão traz um estudo sugerindo que o ambiente familiar é responsável por 70% do desempenho escolar de um estudante, enquanto o contexto escolar influencia apenas 30%. A pesquisa, realizada pela Fundação Itaú Social, mostra que na equação para uma boa formação entram fatores como escolaridade dos pais, renda familiar, tipo de moradia e acesso a bens culturais. O estudo surpreende, pois sugere que melhorias no ambiente escolar - como educação pré-escolar, qualificação dos professores e uso do computador em sala de aula - têm impacto relativamente pequeno na formação dos alunos. A pesquisa deixa claro que, para melhorar a educação no Brasil, as políticas públicas devem promover uma integração maior entre o ambiente familiar e escolar, mas a influência aparentemente pequena da própria escola na educação não pode ser vista como uma licença para o sucateamento ainda maior das instituições.

7. “Vamos mudar o mundo”, diz Obama
Com um comercial de 30 minutos em rede nacional, que custou US$ 4 milhões, o democrata Barack Obama tentou, na noite de ontem, dar o golpe final em John McCain na disputa presidencial dos Estados Unidos. Para o
The Washington Post, que recomendou o voto em Obama, o vídeo - que teve inserções ao vivo de um comício na Flórida - foi uma tentativa de acabar com as dúvidas dos eleitores e mostrar que “Obama está pronto para sentar no Salão Oval”. Obama falou de suas propostas, prometeu resgatar a classe média e, sem citar McCain, atribuiu a crise econômica ao governo republicano de Bush. O momento alto do comercial foi o discurso ao vivo, no qual Obama afirmou que “juntos, vamos mudar esse país e mudar o mundo”. O candidato democrata é um fenômeno de mídia e de arrecadação - que permitiu a veiculação desse programa. Só resta saber se será também um fenômeno de votos.

8. Obama recebe o apoio de Bill Clinton
O blog
The Caucus, do The New York Times, destaca que a espera foi demorada, mas finalmente o ex-presidente Bill Clinton subiu ao palanque de Barack Obama e defendeu sua candidatura com empolgação. Com um enorme sorriso no rosto, Clinton afirmou que são quatro as razões para votar em Obama - sua filosofia, suas políticas, a facilidade para tomar decisões e a habilidade para levar mudanças à vida das pessoas. Muitos questionaram a ausência de Clinton no palanque nas últimas semanas, mas a aparição do “guru democrata” ao lado de Obama, a seis dias da votação, parece uma clara estratégia para reforçar a campanha democrata na reta final da eleição.

9. Carro-bomba explode em universidade da Espanha
Um carro-bomba explodiu nesta manhã no campus da Universidade de Navarra, em Pamplona, na Espanha. Segundo o
El País, 17 pessoas ficaram feridas com a detonação do artefato, que deveria pesar entre 80 kg e 100 kg. Apesar de o governo afirmar oficialmente que não havia sido informado da possibilidade de um atentado, fontes internas disseram que um suposto membro do ETA, o movimento separatista basco, telefonara cerca de uma hora antes da explosão e informara sobre a bomba no campus. A ação terrorista aconteceu um dia após agentes da inteligência espanhola prenderem quatro membros da Nafarroa, uma coalizão basca que reivindica a independência desta região espanhola. Com o grupo foram apreendidos material explosivo e armas - um sinal claro de que o ETA não encerrou suas atividades terroristas. O atentado de hoje foi o sexto promovido pelo grupo radical contra a Universidade de Navarra, fundada pelo mesmo criador do grupo católico Opus Dei.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Melhor comercial do ano e espanhol pra Lula: ¿Por qué no te callas, como Chavez?

Presidente cai em pegadinha de programa de humor em TV espanhola
Programa Salvados, Mi Sexta.tv
Brasileira Marlenice Patrícia Miranda engana Lula e o primeiro ministro Zapatero, da Espanha, durante visita a Toledo. Lula fala ao telefone com humorista Jordi Evole, que se passa por pai dela

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Presidente, não adianta chorar
por Kennedy Alencar
da Folha Online

Faz tempo que o presidente Lula é alertado a respeito dos riscos de manter os juros altos. Apesar de seu desconforto e das pressões que fez sobre o BC (Banco Central), Lula bancou uma política monetária que combateu duramente a inflação, mas também valorizou demais o real na comparação com o dólar.

Segundo Alencar, com a crise internacional, a situação cambial se inverteu. O real perdeu valor rapidamente, e empresas que apostaram na moeda forte, agora sofrem fortes prejuízos.

"Lula está chateado, contrariado. Depois que caiu a ficha da gravidade da crise, culpa especuladores pelos problemas. Ora, há parcela de responsabilidade do governo. A política de juros altos talvez tenha sido feita além da conta. Muita gente séria apontava erro de dosagem. Agora, presidente, não adianta chorar as pitangas", diz o colunista.

De acordo com o jornalista, com os juros altos, os grandes bancos preferem apostar nos títulos do governo a voltar a fornecer crédito. "O presidente reclamou com eles e ouviu respostas desanimadoras. Lula enfrenta o seu mais importante teste econômico. Se fracassar, poderá ver a alta popularidade ir pelo ralo", declara Alencar.
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Queda do preço do petróleo ameaça Hugo Chávez
Nunca foi segredo que a “revolução bolivariana” idealizada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, só se mantém como projeto de poder por conta das grandes reservas de petróleo no solo do país sul-americano. Agora, conseqüentemente, a redução dos preços do barril podem colocar a economia da Venezuela “em rota descendente”, diz a agência de notícias Bloomberg. A receita obtida com o petróleo responde simplesmente por metade da arrecadação do governo. Com o dinheiro minguando, Chávez deverá cortar gastos com programas sociais e diminuir o repasse em ajudas a outros países. Ou seja, a expansão de seus ideais está seriamente ameaçada. O líder venezuelano terá de aprender, na marra, a gastar só o que tem. Os números do primeiro semestre mostram que ele não está muito acostumado com isso: o déficit orçamentário foi de US$ 7 bilhões, mesmo num período de alta das cotações do barril.
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Excelente estímulo a quem pretende ter ou não mais filhos... Francês com legenda em Inglês

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Como tirar seu dinheiro da Crise, se você tiver algum...


Nos últimos tempos, emoções não têm faltado nos mercados financeiros. Os investidores tiveram de se acostumar a ver a bolsa alterar altas e baixas de mais de 15% - às vezes, na mesma semana. As baixas foram tão intensas que a Bovespa teve de acionar em quatro ocasiões o chamado circuit breaker - parada obrigatória de 30 minutos nas negociações depois de uma queda superior a 10%. Ao mesmo tempo, o dólar disparou - chegou a uma cotação de 2,4 reais — e os juros futuros oscilaram tanto que as negociações de títulos públicos no Tesouro Direto chegaram a ser suspensas. Num ambiente desses, como proteger o patrimônio? Para ajudar o investidor a tomar decisões em meio a uma das mais intensas crises da história, EXAME ouviu dezenas de especialistas de bancos, consultorias financeiras, corretoras e gestoras de recursos. Suas principais recomendações podem ser lidas nas páginas a seguir.

CÂMBIO 1
É hora de comprar dólares?
Só para quem terá despesas em dólares de hoje a até seis meses — está planejando uma viagem internacional ou um curso no exterior, por exemplo. Nesse caso, os especialistas recomendam comprar dólares aos poucos até a data em que irá utilizá-los ou aportar recursos, também de forma parcelada, num fundo cambial. Quem terá gastos em dólar apenas daqui a mais de seis meses pode esperar um pouco mais. Já o investidor que estiver pensando em comprar dólares ou aplicar num fundo cambial para tentar ganhar dinheiro com a alta da moeda americana pode se dar mal. “Os riscos são elevados demais”, diz Eduardo Castro, chefe de investimentos da gestora de recursos do banco Real. Além disso, a maioria dos economistas acredita que a cotação do dólar vai voltar a cair. “Os altos e baixos devem continuar nos próximos dias ou semanas, mas trabalhamos com um preço em torno de 2 reais para a moeda americana daqui a três ou seis meses”, diz Castro.

CÂMBIO 2
Vou viajar para o exterior: é melhor evitar gastos no cartão de crédito?
Sim, na medida do possível. O melhor é levar dinheiro ou, dependendo do país, traveller checks para pagar contas em moeda estrangeira. Isso evita surpresas na fatura do cartão se o dólar subir demais. Existem, no entanto, exceções. Quem for fazer viagens longas, de mais de um mês, ou comprar equipamentos eletrônicos deve se planejar para pagar algumas despesas com o cartão de crédito. “O bom senso diz que é perigoso andar por aí com milhares de dólares no bolso”, diz Fabio Colombo, administrador de investimentos. Além disso, é bom lembrar que, para viajar com mais de 10 000 reais em espécie, é preciso declarar o valor à Receita Federal.

CÂMBIO 3
A alta do dólar vai fazer a inflação e os juros subirem?
É pouco provável. É verdade que a alta do dólar costuma elevar os preços dos produtos importados e pressionar a inflação. Num cenário como o atual, porém, espera-se que a economia brasileira desacelere um pouco, o que limita o risco de alta inflacionária. “Haverá maior dificuldade em repassar a desvalorização do real para os preços”, diz Alkimar Moura, ex-diretor do Banco Central e professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Na opinião de diversos economistas, a inflação deve perder fôlego mesmo no caso de produtos sem componentes importados, também em razão do menor crescimento do PIB. Nesse cenário, o atual ciclo de aumentos de juros estaria com os dias contados. Não é necessário, portanto, fazer investimentos para se proteger da alta da inflação.

BOLSA 1
É o momento de sair da bolsa?
Não. Para os especialistas, quem sair agora tem mais a perder do que a ganhar. Isso vale tanto para aqueles que compraram ações há mais de dois anos e o saldo de seus investimentos ainda está no azul como para aqueles que viram parte de seu patrimônio virar pó. “A bolsa pode cair mais? Pode. Mas a maior parte da desvalorização já ocorreu e, por isso, hoje, a chance de melhorar é maior”, diz Marcelo Mello, vice-presidente da SulAmérica Investimentos. Vale a pena, porém, fazer ajustes na carteira de ações. Os analistas recomendam se concentrar em empresas de grande porte e com poucas dívidas e vender papéis de empresas endividadas e que dependem de grandes volumes de financiamento para crescer.

BOLSA 2
Com a crise, descobri que corro mais riscos em meus investimentos do que gostaria. O que devo fazer?
Deixar seu portfólio mais conservador. Mas não é preciso vender ações ou sair de fundos de alto risco para fazer isso. O conselho dos especialistas é mudar a estratégia de aplicação dos novos recursos que serão investidos nos próximos meses. Eles recomendam aplicar mais em fundos DI e CDBs para reduzir o risco total do portfólio.

BOLSA 3
Decidi vender minhas ações. Qual é a melhor forma de fazer isso?
Quem já decidiu sair da bolsa precisa tomar alguns cuidados para não errar a mão. Uma boa opção é vender suas ações aos poucos, de preferência num dia em que os preços estejam em alta. Outra forma — que é mais arriscada, mas vem se tornando cada vez mais popular no mercado — é a chamada venda coberta de ações. Essa operação, feita pelas corretoras, funciona assim: o investidor acerta hoje uma data e um preço pelo qual poderá vender suas ações no futuro (geralmente, em até um mês) e recebe um prêmio que varia de 10% a 13% do valor acertado para a venda do papel. Esse prêmio, pago por quem está interessado em comprar a ação no futuro, é a grande vantagem desse tipo de venda. “O investidor garante um rendimento interessante, aconteça o que acontecer na bolsa”, diz Ricardo Zeno, da consultoria AZ Investimentos. O problema é que, se o preço da ação cair para um patamar inferior ao acertado, o negócio é cancelado. “Ninguém vai pagar mais para comprar uma ação que custa menos no mercado”, diz.

BOLSA 4
Vou precisar do dinheiro que está na bolsa em seis meses. Devo sacar agora? Não. Segundo os especialistas, há duas maneiras de programar a saída da bolsa — e elas variam de acordo com o perfil do investidor. Quem é conservador deve vender suas ações aos poucos até a data em que o dinheiro será utilizado. Já os mais agressivos não devem vender nada por enquanto. “É provável que, daqui a alguns meses, a bolsa esteja um pouco mais valorizada, e quem esperar terá chance de fazer um negócio melhor”, diz Marcelo Mello, da SulAmérica Investimentos.


ESTRATÉGIA
Onde devo investir meu 13o salário ou algum dinheiro inesperado que venha a receber?
A maior parte deve ir para aplicações conservadoras de renda fixa: fundos DI e CDBs de grandes bancos. Isso vale tanto para quem é conservador como para quem tem um perfil mais arrojado. A diferença é que investidores dispostos a correr algum risco — e a deixar seu dinheiro aplicado por, no mínimo, um ano — podem destinar cerca de 15% desses recursos para a bolsa. Os especialistas recomendam comprar ações ou investir em fundos que comprem papéis de empresas de grande porte e pouco endividadas. Fundos de renda fixa prefixados são uma boa opção para poupadores de qualquer perfil que pretendam aplicar por mais de um ano, já que a tendência é que os juros caiam.


IMÓVEIS
É o momento de aplicar em imóveis como investimento?
Não. Com o agravamento da crise financeira, surgiram muitas dúvidas a respeito das previsões otimistas sobre o futuro do setor imobiliário no Brasil. Mesmo que se valorizem, imóveis têm pouca liquidez. Quando o investidor precisar vender, talvez não encontre um comprador disposto a pagar o que o imóvel vale. Tirar dinheiro de uma aplicação para investir em imóveis também traz riscos. “Se o seu dinheiro está na renda fixa, tem boa perspectiva de retorno. Caso esteja em ações, não é hora de mexer e ficar no prejuízo”, diz Caio Torralvo, professor de finanças da Fundação Instituto de Administração, de São Paulo.

FUNDOS 1
Meu fundo multimercado está caindo mais que a bolsa. Devo resgatar?
Depende das características do fundo. É melhor resgatar se ele for alavancado — ou seja, se realiza operações nos mercados futuros que podem fazer os cotistas perder mais do que aplicaram. Mas atenção: nem todos os fundos classificados como alavancados têm, de fato, esse perfil. Eles podem ser autorizados a alavancar, mas não a fazer isso na prática. É preciso analisar a carteira do fundo para saber como são seus investimentos. Já os multimercados não alavancados são uma alternativa de diversificação. Mas é bom saber que, quando a bolsa sobe, esses produtos geralmente rendem menos que fundos de ações. “Quem acredita na recuperação da bolsa e pode investir por prazos longos deve sair dos multimercados e ir para os fundos de ações”, diz Marcelo Pereira, sócio da consultoria Tag Investimentos.

FUNDOS 2
Os fundos de capital protegido são uma boa maneira de enfrentar a crise?
Sim. Eles são recomendados a quem não tem estômago para agüentar as quedas da bolsa, mas não quer ficar de fora de uma eventual recuperação dos mercados. Esses fundos garantem ao investidor o resgate do dinheiro aplicado sem perdas mesmo quando a bolsa vai mal. Antes de aplicar num produto desses, porém, é bom saber que não existe mágica. Quando o preço das ações sobe, o investidor não recebe toda a alta. Ou seja, a proteção tem um “custo”: um retorno menor no caso de a bolsa se recuperar.


CONSUMO
Preciso fazer uma dívida elevada para comprar algo de grande valor. É melhor esperar mais um pouco?
Depende. Se esse bem for um imóvel para morar, o melhor é comprar já. “As taxas de juro dos financiamentos imobiliários ainda não subiram, mas podem subir com a crise”, diz Eduardo Jurcevic, superintendente de investimentos do banco Real. Nos demais casos, porém, quem puder deve esperar um pouco mais antes de se endividar. “Tempos de crise trazem falta de crédito e alta dos juros. Meu conselho é deixar as coisas se estabilizarem e aí sim contrair a dívida. Com certeza, as condições de financiamento serão melhores que as atuais”, diz Júlio Martins, diretor da gestora de recursos Prosper.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Hoje tem CQC, 22h na Band. Nayara Silva no Mais Você

Nayara Silva – amiga de Eloá Pimentel – conversou por telefone com Ana Maria nesta segunda-feira.
Ela deu detalhes sobre o tempo que passou em poder de Lindemberg Alves no apartamento da amiga, em Santo André, no ABC.
Nayara, que voltou ao local após ter sido libertada pelo seqüestrador, disse que, apesar dos riscos, faria tudo novamente. “Se eu visse um caso desses na TV, falaria que a menina é louca. Mas se eu pudesse fazer tudo de novo, eu faria. O importante era tentar tirar a Eloá viva dali”, contou à Ana Maria.
A jovem falou que ficou tranqüila durante os dias de cárcere. No entanto, ela ressaltou que Eloá temia não sair viva do cativeiro. “Ela falava o tempo todo que não sairia viva dali”, disse.
Nayara falou ainda que Lindemberg Alves batia na ex-namorada, Eloá Pimentel. “Ele batia muito nela. E quando batia, eu não me metia. Não podia intervir”, explicou.
A menina contou que o rapaz não dormiu durante todo o seqüestro, mas permitiu que ela e Eloá descansassem. “A gente comia junto e dormia também”, falou

Militantes comemoram vitória de Kassab em SP: "Dona Marta: tira umas férias. Relaxa e Goza".






Noticias que cambiarán nuestras vidas:

1. Gretchen deixou o celular cair no vaso sanitário de um banheiro da Rede TV!. Uma mocinha que a acompanhava aconselhou a cantora a secar bem a bateria, senão poderia levar um choque.

2. Ellen Rocche tem aparecido cada vez com mais freqüência sem Ricardo Macchi.

3. A briga de Dado Dolabela com Luana Piovani, na última quinta, foi séria. Os dois estão circulando sem aliança de noivado. O motivo seria o ciúme de Dado porque Luana estreou monólogo, no Rio, e mostrou os seios no palco. No dia da briga, sobrou até para a camareira que trabalha com Luana no teatro. Ela foi tentar apartar a briga e Dado se estressou. E muito...

Que coisa hein?!

sábado, 25 de outubro de 2008

A que ponto chegamos...

Japonesa é presa por "assassinar" ex-marido virtual

da Associated Press, em Tóquio

Uma japonesa de 43 anos foi presa nesta semana sob acusação de "assassinar" o ex-marido virtual, de 33 anos, no jogo on-line Maple Story. Em um momento de raiva, após o rompimento da relação, a mulher teria entrado no programa para excluir o perfil do companheiro, segundo um oficial da polícia de Sapporo.

No Maple Story, internautas usam avatares para interagir com outras pessoas, participar de atividades sociais e lutar contra monstros e outros obstáculos.

"Eu estava divorciada de repente, sem um aviso prévio. Isso me fez ficar com muita raiva", disse ela, no depoimento.

O policial também explicou que, apesar do crime virtual, a mulher não tinha qualquer plano de vingança no mundo real --não se sabe se os dois se conheciam pessoalmente.

Ela foi presa por acessar um computador ilegalmente e manipular informações --usou o login e a senha do marido virtual para acessar o Maple Story e deletar o avatar dele.

A japonesa ainda não foi formalmente acusada, mas, se condenada, poderia pegar até cinco anos de prisão ou uma multa de US$ 5.000.

O homem reclamou à polícia quando descobriu que o avatar havia sido deletado. A mulher foi presa na quarta-feira (22), durante uma viagem pelo país --ela saiu de Miyazaki, onde mora, e foi para Sapporo. O policial não soube informar se a professora é casada no mundo real.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Domingo tem 2o. Turno (em algumas cidades)

Rapidinhas da Reina

por Juliano Machado

1. Dólar alto preocupa BC – e agrada à Vale

O Banco Central está realmente decidido a impedir uma disparada do dólar ante o real. O governo anunciou ontem que a instituição terá mais US$ 50 bilhões para injetar no mercado e conter a alta, o que levou a uma queda da moeda americana, no fim do dia, de 3,15%, para R$ 2,305. Segundo o Globo (para assinantes), “no governo, teme-se que o país já tenha se tornado alvo de um ataque especulativo”. Quem não anda nada preocupada é a mineradora Vale. Com 95% de suas vendas atreladas ao dólar, a companhia registrou um lucro recorde de R$ 12,4 bilhões no terceiro trimestre do ano, 167% acima do obtido no mesmo período de 2007, informa a Gazeta Mercantil.


2. Crise deve minar projetos de novos prefeitos

Os novos prefeitos que foram (ou ainda serão) eleitos neste mês e começam a administrar em 2009 podem tratar de rever os projetos ambiciosos que prometeram durante a campanha. O Valor Econômico (para assinantes) diz que a turbulência financeira não foi levada em conta pela maioria dos candidatos. “Em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, os postulantes prometem grandes realizações, desconsiderando os impactos que a crise terá em suas receitas e nas dos governos estaduais e federal.” Obras como a Linha Amarela do Metrô paulistano, por exemplo, devem ter menos recursos em 2009. Um especialista ouvido pelo Valor diz que as cidades vão começar a sentir o aperto nos repasses da União, via Fundo de Participação dos Municípios.


3. A mea-culpa de Greenspan: “Não tinha mandato para furar bolhas”

Em uma sessão tensa no Congresso americano, o economista Alan Greenspan, presidente do Fed (banco central dos EUA) por 18 anos, até 2006, disse ter ficado “chocado” com a crise e admitiu que cometeu “alguns erros” na questão de fiscalização dos mercados, especialmente o imobiliário, mas de certa forma rebateu as acusações dos parlamentares sobre uma suposta negligência em relação ao início da gestação da crise atual. Afirmou que nenhum mecanismo regulador seria capaz de prever este “tsunami financeiro”, como relata o The Wall Street Journal. “Eu não tinha mandato para furar bolhas”, disse Greenspan, sobre sua possibilidade restrita de ação sobre o boom imobiliário, justamente o nascedouro da grande turbulência observada agora.


4. Kassab diz que Marta “perdeu o eixo”, mas deu uma escorregada

Em entrevista ontem à Rádio Eldorado, reproduzida no Estadão, o candidato à prefeitura de São Paulo Gilberto Kassab (DEM) afirmou que sua rival, Marta Suplicy (PT), perdeu “o eixo da campanha”. Faz sentido, principalmente por conta do desastroso questionamento petista sobre a vida pessoal do democrata (o famigerado “É casado? Tem filhos?”). Mas Kassab não pode achar que a disputa está ganha e relaxar, cometendo deslizes aqui e ali. Um deles foi usar, no material de campanha, a cerimônia em que deu um “checão” simbólico de R$ 198 milhões ao governador José Serra (PSDB) para as obras do metrô. É uma bobagem perto das trapalhadas de Marta, mas não deixa de ser um escorregão, punido pela Justiça Eleitoral com multa de R$ 5,3 mil. No último debate, hoje à noite na TV Globo, Kassab precisa tomar cuidado para não pôr sua larga vantagem em risco.


5. No Rio, debate tem cara de decisão

Se em São Paulo o encontro entre os dois candidatos na TV pode não mudar muita coisa, no Rio de Janeiro está sendo encarado como uma decisão, diz o Globo. Tudo porque os dois candidatos, Fernando Gabeira (PV) e Eduardo Paes (PMDB), estão tecnicamente empatados desde o início do segundo turno e, mais importante, cerca de 15% dos eleitores afirmam que sua escolha ainda não é definitiva, segundo o Ibope. É um porcentual alto para uma disputa tão acirrada. Essa massa de eleitores deverá ser bastante influenciada pelo que vão dizer Gabeira e Paes hoje à noite.


6. Quintão: azarão, favorito e azarão

A trajetória do candidato à prefeitura de Belo Horizonte Leonardo Quintão (PMDB) é uma perfeita montanha-russa. No começo da campanha, ele era um desconhecido completo e não chegava nem perto, nas pesquisas, do insosso Márcio Lacerda (PSB), que tem o apoio do tucano Aécio Neves. Esperava-se vitória em primeiro turno. De repente, Quintão surpreendeu na véspera da votação e chegou apenas dois pontos porcentuais atrás de Lacerda. Nas primeiras pesquisas do segundo turno, abriu 18 pontos de frente. Todo mundo dava como certa a derrocada de Lacerda e uma derrota política de Aécio, mas foi Quintão quem desceu a ladeira. Agora, Lacerda vence com nove pontos de vantagem e aparentemente vai ganhar a disputa. Aparentemente, diga-se. “O eleitorado de Belo Horizonte não tem se mostrado muito fiel ao seu candidato”, diz ao Estado de Minas o cientista político Adriano Cerqueira. Quintão que o diga.



7. O nepotismo acabou no Senado. Acabou?

”O Senado extirpou o problema do nepotismo. O assunto está encerrado.” Com pompa de herói, o presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), garantiu que não há mais parentes empregados pelos parlamentares em seus gabinetes. Segundo o Correio Braziliense, foram 86 exonerações desde agosto, quando o STF proibiu a prática por meio de uma súmula. Só ontem, nove servidores perderam o emprego. O advogado-geral do Senado, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, diz que “a ordem do STF foi aplicada em sua integralidade”, mas reconheceu que ainda não dá para pôr uma pedra sobre o assunto. Ou seja, novos casos, escondidos nos meandros de gabinetes, podem vir à tona. Se vierem mesmo, que sejam resolvidos o mais rápido possível.



8. Governo relaxa norma para crimes ambientais

Visto como linha-dura, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, teve de engolir o adiamento, em um ano, do prazo para que os produtores rurais registrem e se comprometam a preservar a área de reserva legal, onde é proibida qualquer atividade do agronegócio. O novo texto do decreto que define punições para crimes ambientais, ao qual a Folha (para assinantes) teve acesso, também reduziu de R$ 100 mil para apenas R$ 500 o valor máximo da multa diária que o proprietário terá de pagar caso descumpra as regras. Para Minc, as mudanças não representam um retrocesso no combate aos crimes ambientais, mas elas certamente deixaram aliviadas as entidades de produtores, que havia algum tempo vinham se queixando do estilo do ministro.


9. Tiro ou rojão? A PM hesita no caso de Santo André

A ação do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar paulista, já vinha sendo bastante questionada no caso do seqüestro de Santo André, que terminou com a morte da refém Eloá Pimentel. Agora, o depoimento do coronel Eduardo José Félix, comandante do Policiamento de Choque, que cuida do Gate, põe os policiais ainda mais na berlinda, como informa o Estadão. Ele admitiu, pela primeira vez, que pode não ter havido um tiro antes da invasão do apartamento, até então o principal argumento da polícia para justificar sua ação. “Se o tiro foi dentro ou fora ou se foi um barulho de rojão, o laudo técnico é que vai dizer”, disse Félix. Os peritos podem até vir a reforçar a defesa da PM de que houve um barulho que a motivou a entrar no apartamento, mas a hesitação do coronel só alimenta a polêmica.



10. McCain entende de América Latina, mas Obama leva

Uma pesquisa do Latinobarômetro publicada pela revista The Economist apontou que 29% dos latino-americanos acreditam que uma vitória de Barack Obama sobre John McCain seria melhor para seu país. Em contrapartida, apenas 8% acreditam que seria mais proveitosa a ida de McCain para a Casa Branca. Na análise de uma pesquisadora do Latinobarômetro, a vitória de Obama melhoraria um pouco a relação dos EUA com a América Latina, apesar de, como lembra a revista, McCain ser um defensor do livre-comércio e sempre citar o Brasil como um dos maiores aliados dos EUA. Ao que parece, a estratégia de Obama de ligar McCain à administração Bush dá certo até fora dos EUA. E sua imagem de político que representa mudanças importantes também se espalha pelo mundo, criando a expectativa de que, sob seu comando, a superpotência terá melhores relações com o resto do mundo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

The Tudors, 22h no People and arts


Resumão da Reina do 8o. Episódio, caso você tenha esquecido ou não visto:

- Henrique exige que Jane Seymour seja uma das damas de companhia de Ana Bolena, o que faz com que esta fique desconfiada.
- O embaixador da Espanha descobre pela autópcia que a Rainha Catarina morreu envenenada (a descrição da bolsa negra pendurada no coração foi nojenta)
- O primo do Henry (rei da França) vai até Roma vestido de mendigo e o Papa pede a ele para executar a bula de excomunhão de Henry e para isso invadir a Inglaterra
- Henry pede pra Jane se ele pode "SERVI-LA", assim como Lancelot (ui), ela se faz de difícil e faz cara de pensante antes de dizer sim. O pai e o irmão dela se empolgam e começam a sonhar com o trono para Jane
- Henrique sofre um acidente e discute-se quem o sucederia (o cara mal caiu do cavalo)
- Anne pega Henry e Jane se beijando, tem um piti daqueles e à noite sofre uma hemorragia perdendo assim o filhO que esperava. Claro que coloca a culpa no Henry que a fragilizou emocionalmente beijando Jane e o Rei (muito puto da vida) diz que só vai falar com ela depois
- Momento reflexão no final: Por não conseguir o filho homem, Henry diz que casou vítima de bruxaria e reconhece que seu casamento é ilegal e que precisa se casar de novo... Pois é, bobeou a fila anda...
Anne pegando Henry no pulo você vê aqui

Henry resolvendo que precisa se casar novamente, está aqui

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Comentarista de blog

Circuit breaker é acionado pela 6ª vez este ano
SÃO PAULO, 22 de outubro de 2008 - Pela sexta vez este ano, o circuit breaker foi acionado. A BM&FBovespa fechou suas operações às 17h18. De acordo com a assessoria de imprensa da bolsa brasileira, as operações serão retomadas às 17h48 e o encerramento do pregão será prorrogado em 30 minutos, para 18h18. No momento do fechamento, o Ibovespa operava em queda de 10,03%, aos 36.127 pontos. A prática foi criada para amortecer e rebalancear as ordens de compra e venda quando o mercado tem movimentos bruscos, como a atual crise financeira dos Estados Unidos. Por meio dele, o pregão é suspenso por trinta minutos toda vez que a queda no índice da bolsa alcança 10% ou mais. Caso o Ibovespa de hoje caia 15% com relação ao de quinta-feira, o pregão fechará por uma hora. Sem contar as paralisações deste ano, o circuit breaker não era acionado desde 14 de janeiro de 1999, na véspera da adoção do câmbio livre no país. (Vanessa Correia - InvestNews)

Comentarista de blog
por Irineu Guarnier Filho

Comentarista de blog é um tipo curioso de leitor interativo. Surgiu com a internet, mas tem antecessores. Seus inspiradores são os antigos missivistas, aqueles que escreviam regularmente cartas às redações de jornais e revistas para comentar o conteúdo destas publicações. O comentarista de blog é tão relevante hoje que já tem até dia comemorado internacionalmente.

Blogueiro há cerca de um ano apenas, identifiquei três tipos mais freqüentes de "comentaristas de blog". A saber:

1) O INDIFERENTE, que lê um post aqui, outro ali, salta de um blog para outro como uma gazela, não concorda nem discorda do que lê, ou, se tem alguma opinião, guarda-a para si e muito raramente comenta o que leu. É uma espécie de comentarista bissexto. Tem mais o que fazer...

2) O AMIGÁVEL, que lê regularmente um blog com o qual se indentifica. Nem sempre concorda com o que leu, mas sempre envia comentários. Nada lhe escapa. Da vírgula fora de lugar à informação eventualmente trocada, tudo é pretexto para teclar. Geralmente são comentários elogiosos, de estímulo ao autor que vara madrugadas ao teclado e dá a cara para bater.

Às vezes, o comentarista amigável discorda do que lê. Mas o faz de modo civilizado, atacando os argumentos e não a pessoa do blogueiro. Escreve comentários inteligentes, bem fundamentados, que fazem o blogueiro refletir - e até mudar de idéia (nunca muda de idéia quem só tem uma). Seus comentários mercem ser lidos por todos os leitores do blog.

3) O RAIVOSO é o tipo mais manjado de comentarista de blog. Ele não conhece direito o blog nem seu autor, visitou-os uma vez que outra - mas já os detesta. É um caso de ódio à primeira vista. O comentarista raivoso procura na web um palanque (um caixotinho de maçã já lhe serve) para sair do seu medíocre anonimato. Às custas do blogueiro, claro. Ele geralmente escreve mal, ou porque a raiva o torna descuidado com a gramática, ou porque é iletrado mesmo.

O comentarista raivoso não ataca as idéias do autor, o texto em si, mas a idoneidade profissional e - no limite - a honra de quem escreveu o post. São comentários vazios, adjetivosos, destituídos de argumentação, recheados de um jargão político-ideológico que cheira a naftalina. Ele invariavelmente deblatera contra o capital, os EUA, a mídia, os neoliberais, blábláblá. E imagina uma conspiração contra sua ideologia caquética por trás de cada vírgula. Percebe-se em cada palavra sua o olho rútilo e a baba venenosa do fanático.

O comentarista raivoso critica a falta de "imparcialidade" do bologueiro - como se um blog não fosse um veículo de opinião. Exige, em nome da Democracia, que seus insultos purulentos sejam todos publicados - mas se esconde, covardemente, atrás de pseudônimos rídiculos e e-mails fakes. Nunca revela a cara. Este tipo, que se protege no anonimato da web para esculhambar blogs, até já tem nome: griefer.

O griefer pretende usar a área de comentários do blog para achincalhar pessoas e promover a si mesmo, seu sectarismo, racismo e outros ismos, em nome da "liberdade de expressão". É da turma que odeia a liberdade de imprensa, quando o jornalismo livre denuncia a corrupção de seus comparsas. Quer usar um espaço democrático para destilar seu horror à lei e à democracia? A lixeira é o melhor lugar para seus comentários
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Rapidinhas da Reina
por Juliano Machado
1. O aval de Lula para a estatização de bancos
Está na manchete do portal UOL, esta manhã, a notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou, por meio de uma Medida Provisória, os bancos públicos a adquirir ações em instituições financeiras sem passar por processo de licitação. Na prática, a MP permite que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil estatizem grupos privados que estejam em dificuldades, de bancos a empresas de capitalização e seguradoras. “O governo brasileiro aderiu de cabeça à saída de Gordon Brown – primeiro-ministro britânico – para a crise financeira global”, diz o texto. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, devem dar detalhes da MP ainda nesta manhã.
2. Governo já cogita cortar Orçamento de 2009
Já passou o tempo em que Lula tratava os efeitos da crise financeira global no Brasil como uma “marolinha”. O Globo informa que, pela primeira vez desde o início da turbulência, ele cogita fazer cortes no Orçamento de 2009 caso haja necessidade. É mais um sinal de que o presidente tem consciência da dimensão do problema. Ontem, ele convocou uma reunião extraordinária dos países-membros do Mercosul para a próxima segunda-feira, em Brasília, com o objetivo de encontrar mecanismos que permitam atenuar os efeitos da crise dentro do bloco.
3. Crise faz Petrobras rever investimento no pré-sal
O pré-sal vinha sendo vendido pelo governo como um bálsamo para a população brasileira, capaz até de erradicar a pobreza entre 15 e 18 anos, como disse uma vez Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. A crise econômica começa a dar um choque realista nessas previsões. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse ontem à Folha (para assinantes) que “essa situação de agravamento das condições de financiamento vai afetar a discussão do pré-sal”. A estatal petrolífera deve alongar seu plano de investimentos, previsto entre 2009 e 2013, para perto de 2020. Como a exploração do pré-sal é um tipo de investimento com baixo retorno a curto prazo, não é difícil acreditar que o governo fará um replanejamento de seu otimista cronograma nessa área.
4. No aperto das contas, americanos deixam de comprar remédios
O The New York Times traz uma reportagem que mostra como as dificuldades financeiras nos Estados Unidos chegam ao dia-a-dia da população. Os americanos estão deixando de comprar remédios prescritos pela simples razão de não saberem se terão condições de continuar o tratamento até o fim. Uma pesquisa feita por uma consultoria da área de saúde mostrou que o número de medicamentos prescritos efetivamente adquiridos pelos pacientes caiu 0,7% de janeiro a agosto deste ano em relação ao mesmo período de 2007, a primeira queda nesse indicador em pelo menos uma década. Ouvido pelo NYT, o diretor da Academia Americana de Médicos da Família, James King, resumiu bem a situação: “As pessoas estão escolhendo entre o gás, a alimentação e os medicamentos.” Pelo jeito, os tratamentos médicos terão de esperar a crise passar.
5. A investida de Marta entre os católicos
Depois da desastrosa estratégia de questionar a vida pessoal de seu rival, Gilberto Kassab (DEM), a petista Marta Suplicy tenta agora ganhar a confiança dos setores religiosos para chegar à Prefeitura de São Paulo. Com a articulação do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, um ex-seminarista, Marta obteve o apoio de padres vinculados a pastorais sociais. Mas o desconforto na Igreja diante do aval a um projeto político foi evidente. Tanto que, como informa o Estadão, o bispo auxiliar de São Paulo, dom Pedro Stringhini, divulgou uma nota em que pede “perdão aos fiéis que se sentiram ofendidos”. Carvalho alega que o manifesto não reflete a posição da Igreja, mas sim de alguns católicos. Faz sentido, sim, mas o atrito com o bispo mostra que o caminho para Marta está pedregoso, e os atalhos que ela tenta buscar acabam em polêmica.
6. União vai defender coronéis acusados de tortura
Os coronéis da reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra e Audir dos Santos Maciel, acusados pelo Ministério Público Federal por tortura de presos políticos e a morte de ao menos 64 deles entre 1970 e 1976, serão defendidos pela Advocacia-Geral da União. Os dois comandaram o DOI-Codi, órgão de repressão do Exército. Segundo o MPF, ao assumir a defesa dos acusados, a União também torna-se ré no processo. O Globo lembra que a decisão do governo é uma derrota para o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o secretário nacional dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, que se manifestaram a favor de punição aos torturadores do regime militar.

7. Serra cai em si no caso da greve da polícia
Um editorial do Estadão cristaliza o que já vinha se falando sobre a posição tomada pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), diante da greve dos policiais civis: ele poderia ter evitado o desgaste causado pelo confronto entre os civis e os militares na semana passada. “Tivesse agido a tempo e a hora a partir de uma avaliação objetiva da crise, capaz de separar os seus fatores essenciais dos acessórios, o governo já teria enviado à Assembléia Legislativa um conjunto de propostas aceitáveis para a grande maioria da corporação, como as que acabou de anunciar”, diz o jornal, referindo-se à proposta do tucano de aumentar os vencimentos da categoria em 13,39% até 2010.

8. OAB pede fim de regime rigoroso a presos
A Ordem dos Advogados do Brasil entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), tratamento mais rigoroso aplicado a presos considerados mais perigosos. Nesse regime, ao qual já ficaram sujeitos o traficante Fernandinho Beira-Mar e o líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, o detento fica em cela individual, tem direito a banho de sol de duas horas por dia e só pode receber visitas semanais de duas pessoas, por duas horas. Para a entidade, o RDD é desumano. O Estadão diz que o secretário paulista de Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, vê com preocupação o questionamento do regime, cujo fim seria “uma vitória do crime organizado”.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Wii Fit Nintendo e Lindemberg fala sobre Eloá

Deixe a preguiça de lado e pratique atividades físicas se divertindo com seu "Wii Fit com Balance Board". Agora você tem uma opção atrativa para incluir algum tipo de exercício em sua rotina diária. O acessório, exclusivo para o console Wii, é composto pelo Wii Balance Board e um CD com diversas opções de exercícios. A Wii Balance Board é dotada de quatro sensores de pressão, e funciona semelhante a uma balança, capaz de analisar o peso, o IMC (Índice de Massa Corporal), situar o centro de gravidade e calcular a idade "Wii Fit" dos jogadores. O Wii Fit inclui mais de 40 tipos de atividades de treinamento destinadas a atrair toda a família.

O treinamento está dividido em quatro categorias
  • Exercício aeróbico: exercícios de curta duração destinados a estimular os batimentos cardíacos.

  • Treinamento de força: movimentos controlados com os braços, pernas e outras partes do corpo.

  • Posições de yoga: posições clássicas que focam o equilíbrio e alongamento do corpo.

  • Jogos de equilíbrio: atividades como salto de esqui e cabeceio de bolas virtuais são um desafio para o equilíbrio total do corpo dos jogadores.

    • O Wii Fit garante atividades inovadoras, divertidas e acessíveis opções de entretenimento para todos
    • Idioma: inglês, francês e espanhol.

    • Controle remoto: necessita controle Wii remote.

    • Idade recomendada: jovens e adultos.
Fabiana Parajara - O Globo Online
Para quem, como eu, sempre pensou que videogame era coisa de criança, prepare-se para rever conceitos. Na manhã desta terça-feira, após acompanhar a entrevista coletiva sobre o lançamento do Wii Fit no Brasil , resolvi testar a maquininha. Experimentei uma aula de ioga. ( Clique aqui e veja fotos de divulgação do Wii Fit )

Nunca imaginei que, apesar de ficar uma hora e meia na academia diariamente, teria dificuldade com esta coisa. Pior: ainda saí meio dolorida.

Não, não me machuquei. Para conseguir me sair bem, foi necessário esforço físico do mais básico: força nas pernas, equilíbrio e ainda manter a postura correta. Resultado, aquela dorzinha muscular, típica de esforço, na parte interna da coxa.
Os executivos da empresa afirmam que o Balance Board, a plataforma onde se faz o exercício, pode ser um grande aliado na correção da postura. Não sei se é verdade. Preferia o aval de um professor de Educação Física. Mas os sensores do aparelho são realmente poderosos. Quem não fica na postura certa perde pontos e não avança para exercícios mais difíceis - nem libera novos jogos - são quarenta opções ao todo.

Para manter os jogadores motivados, o game armazena seu perfil, que vai acompanhar a sua evolução com o passar do tempo. Os critérios de avaliação são bastante objetivos: peso e Índice de Massa Corporal (IMC), que são medidos pelo próprio acessório. Ou seja, já estou pensando seriamente em ficar R$ 549 mais pobre para ver se avanço ou não no jogo. Azar do meu marido, que poderá perder a exclusividade sobre o console.

Piadinha infame da Reina:

Finalmente o Kassab respondeu a pergunta polêmica:

- Eu até queria casar mas tive medo de pegar uma vagabunda que pudesse me trair com algum malandro argentino.

Exclusivo TV Record: na cadeia, Lindemberg fala sobre Eloá

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

CQC, Hoje 22h na Band e Instrutor da SWAT critica operação policial


Vai ser fácil reconhecer a trupe do CQC.
Afinal de contas, são sete homens vestidos de terno preto, usando inseparáveis óculos escuros. Mas a principal marca do time "Custe o que custar" é a irreverência.
Com humor inteligente, audacioso e muitas vezes ácido, o programa faz um resumo semanal das notícias, e nessa varredura dos fatos importantes, sob o olhar atento do CQC, ninguém escapa. No estúdio, quartelgeneral do CQC, Marcelo Tas, Rafinha Bastos e Marco Luque assumem a bancada, e além de conduzir o programa ao vivo terão a missão de comentar livremente os principais assuntos da semana. Não perca!

Instrutor da SWAT critica operação policial
Ouça as gravações da negociação entre policiais e Lindemberg.


As longas negociações entre a polícia e Lindemberg Alves foram gravadas. Elas revelam detalhes impressionantes, como a voz de uma das jovens sendo agredida pelo seqüestrador. Minutos antes de a polícia invadir o apartamento, a tensão chega ao máximo. Lindemberg fala até em suicídio. Por que será que tudo deu errado? A reportagem é de Valmir Salaro. (...)

O Fantástico saiu em busca de respostas e ouviu um brasileiro que dá aulas para um grupo de elite da polícia americana: a SWAT.

Há nove anos, Marcos do Val é instrutor da SWAT em Dallas, nos Estados Unidos. Famosa na televisão e no cinema, a SWAT é um grupo de elite da polícia americana, preparado para enfrentar situações de emergência.

O brasileiro corre o mundo ensinando técnicas de invasão e combate. Marcos já treinou seguranças do Papa no Vaticano e militares que lutaram na guerra do Afeganistão.

A convite do Fantástico, ele assistiu aos principais momentos do cerco em Santo André e avaliou a operação.

Primeiro erro: permitir que a negociação se arrastasse por cinco dias.

“Em uma situação passional como essa, quanto mais tempo leva, mais inconstante a pessoa fica”, ensina.

Marcos explica que a SWAT estabelece o prazo máximo de 24 horas para libertar o refém. Mas nunca foi preciso esperar tanto.

“A negociação mais longa que a SWAT de Dallas fez até hoje durou nove horas. A partir daí é invasão”, ressalta.

Terça-feira, 22h50. Nayara é libertada pela primeira vez. Era um acordo de Lindemberg com a polícia: soltar a jovem em troca da volta da energia elétrica.

“Foi bem feito, porque houve essa troca: me dá a refém, que eu acendo a luz novamente", diz Marcos.

Quarta-feira. Para o instrutor da SWAT, a polícia perdeu uma chance de terminar o seqüestro no momento em que Eloá lança uma corda improvisada e recolhe o almoço. O corpo da jovem ficou inclinado para fora da janela. E Lindemberg apareceu atrás da ex-namorada.

“Essa é uma oportunidade que a SWAT usaria como vantagem”, afirma.

Havia duas possibilidades de ação. A primeira: atiradores de elite poderiam atingir Lindemberg, uma estratégia descartada pela polícia.

“Por se tratar de um jovem, com uma decepção amorosa, a nossa opção era esgotar todas os meios de negociação e tentar cansá-lo”, explicou em uma entrevista o comandante do Gate, coronel Eduardo Félix.

Diz o instrutor que a SWAT aproveitaria uma situação assim para matar o seqüestrador.

“Para eles não importa se é um jovem, o que importa é que tem uma vida em risco e que o rapaz está colocando vidas de terceiros em risco também”, ressalta Marcos.

Segunda tática que a SWAT usaria: a triangulação. Dois policiais estariam de tocaia em escadas posicionadas ao lado da janela, fora do ângulo de visão de Lindemberg. Um terceiro policial ficaria na janela do andar de cima, pronto para descer de rapel. No momento do ataque, um dos policiais na escada agarraria Eloá e tentaria proteger a cabeça dela. O outro daria cobertura enquanto o terceiro viria de cima e daria um tiro no seqüestrador. Tudo isso ao mesmo tempo.

“É o efeito surpresa”.

Quinta-feira: Nayara volta ao apartamento.

“Isso é o maior absurdo dos absurdos. Em nenhum lugar do mundo já existiu uma situação dessas”, critica Marcos.

Em entrevista, o comandante Félix disse que não acha que a volta de Nayara ao apartamento foi um erro na operação policial. Segundo a polícia, Nayara teria se oferecido para ajudar na negociação, com permissão da mãe. Mas ninguém esperava que a jovem entrasse de novo no apartamento.

“Teria que ter um policial com escudo balístico na frente, a Nayara do lado, o policial segurando ela para se aproximar, para falar. Se for o caso, recuar. Mas não deixar ela sozinha, andando, abrindo a porta. O seqüestrador se sentiu poderoso nessa hora, porque teve a refém de volta. Foi um erro gravíssimo e eu sinto vergonha de ser brasileiro e saber que a polícia brasileira fez isso”, admite Marcos.

Sexta-feira: o dia da invasão. Marcos acha que os policiais usaram uma carga excessiva de explosivo, e que não contaram com a possibilidade de haver obstáculos atrás da porta. Isso atrasou a entrada da equipe.

“Deu tempo para o seqüestrador pegar a arma, fazer o disparo para onde ele quisesse”, afirma
Marcos.

Outro erro: não entrar simultaneamente pela frente, janela e fundos, com uso de bombas de luz e som, que deixariam o seqüestrador desnorteado.

“Esse tipo de bomba é para dar aquela sensação de desespero para o seqüestrador. Ele não sabe de onde está vindo a polícia".

O policial que estava posicionado na escada, além de atrasado - a explosão já havia acontecido -, demora muito para subir.

“O que deveria ter sido feito? Esse policial, por exemplo, poderia ter vindo correndo com a escada, pararia na parede de costas, colocaria a escada praticamente como se fosse uma grade para ele, já posicionada, e outro já viria correndo e subindo ao mesmo tempo”, ensina.

As imagens mostram que a polícia teve dificuldade para conter Lindemberg. A SWAT utiliza uma técnica que leva menos de um segundo para imobilizar o agressor.

“Um piscar de olhos e ele já está imobilizado e algemado no chão”, diz Marcos.

Marcos também viu falhas graves no socorro às vítimas. O médico, sozinho, luta para atravessar o tumulto. Os policiais pisam em Lindemberg. O caminho deveria estar livre para a equipe de socorro médica, com macas.

Eloá foi carregada no colo por um policial, um procedimento que Marcos julgou incorreto. E o pior: a cabeça ferida da jovem esbarra no corpo do médico. O jaleco dele fica manchado de sangue. Depois que o médico percebe, volta, então, para socorrê-la.

O desfecho foi trágico.

“Nós usamos todas as técnicas para evitar o que ocorreu”, garante Flávio de Pierre, comandante do GATE.

“Se nós tivéssemos atingindo com um tiro de comprometimento o Lindemberg, fatalmente o senhores estariam hoje questionando o Gate porque não negociaram mais”, declarou o comandante Félix.

“Você pode ter certeza nós estamos aprendendo muito com esse resultado e vai nos servir como experiência de vida”, admite o negociador do seqüestro Adriano Giovanini.
Rapidinhas da Reina
por Juliano Machado

1. É preciso salvar os policiais dos políticos
O cineasta José Padilha e o sociólogo Rodrigo Pimentel, dos filmes Tropa de Elite e Ônibus 174, escreveram um artigo para a Folha (para assinantes) que chega em um momento perfeito: a semana do segundo turno das eleições. Em poucas linhas, a dupla descreve a penúria das forças policiais do Brasil, em todos os sentidos, a afirma que são os políticos os verdadeiros responsáveis por tragédias como a do seqüestro de Santo André. Padilha e Pimentel se esquivam de culpar políticos específicos, mas lembram que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso prometeu um plano nacional de segurança após o caso do Ônibus 174, jamais tornado real. Pior, lembram que, no governo Lula, o ex-secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares, criou um plano elogiado por especialistas e policiais. Acabou engavetado. A chegada do segundo turno das eleições é um momento de reflexão e debate, e o artigo de Padilha e Pimentel serve para tornar mais clara a discussão.

2. Marta e Kassab: ataques e dados inflados
O eleitor paulistano que ligou sua televisão para acompanhar o debate entre Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT) na noite de ontem não conseguiu saber quem tinha as melhores propostas. Infelizmente, não foi porque ambos tinham idéias brilhantes, mas sim porque preferiram os ataques pessoais. A Folha (para assinantes) destaca a completa falta de idéias, o tom agressivo dos dois e a atuação patética da platéia, repleta de cabos eleitorais. Pior que isso, em uma outra reportagem (para assinantes), o jornal destaca que os candidatos usaram novamente dados distorcidos, também conhecidos como mentiras. Kassab disse que colocou dois professores nas salas de aula. Na verdade, são estudantes de cursos universitários que ganham menos de R$ 500 por mês. Marta, por sua vez, disse ter construído 100 quilômetros de corredores de ônibus. Na verdade, foram 67 quilômetros. É duro ser eleitor no Brasil.

3. Paes e Gabeira também apelam para ataques pessoais
A possibilidade de o eleitor carioca escolher um candidato também ficou complicada com o debate da noite de ontem. Segundo o Globo, Eduardo Paes (PMDB) e Fernando Gabeira (PV) abusaram de ironias e provocações desde o primeiro bloco. O peemedebista acusou Gabeira de não conhecer a cidade e disse que o candidato verde fez um projeto que deixaria de considerar o tráfico de mulheres como crime. Do outro lado, Gabeira lembrou que Paes já passou por cinco partidos, apoiou o atual prefeito César Maia (DEM) e que, no auge do mensalão, chamou o presidente Lula, que hoje o apóia, de “chefe da quadrilha”. Cada vez mais o debate político é dominado pelas aparências dos candidatos e não por suas propostas para a cidade. Fica fácil saber qual o motivo para a situação caótica do Rio de Janeiro.

4. Crise coloca safra 2008/2009 em risco
A manchete do Estadão detalha como a agricultura, um dos principais motores da economia brasileira, está em risco por conta da crise financeira mundial. Sem crédito para adquirir insumos para a plantação, muitos produtores podem ser obrigados a reduzir suas produções, o que acarretaria em um decréscimo das exportações. De acordo com as previsões da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o volume produzido pode ser até 5% menor que o esperado. Além da falta de crédito, a situação deve ser agravada pela queda dos preços dos grãos. Fica cada vez mais claro que, ao contrário do que disse o presidente Lula, a crise não é apenas dos países desenvolvidos.
5. BC pode usar taxa fixa para financiar comércio exterior
Para atacar a falta de crédito, o Banco Central começa hoje a leiloar dólares para abrir nova linha de empréstimos em moeda estrangeira. O BC promete fiscalizar o fluxo do dinheiro para saber se os bancos estão transferindo este crédito para as empresas, o que aliviaria a situação de muitas delas em meio à crise. O interessante é que, como destaca o Valor (para assinantes), o Banco Central já prepara outra cartada caso esta não tenha sucesso: uma linha de crédito com juros fixos e dirigida a instituições que atuam com o comércio exterior. Em um início de semana em que a tensão parece um pouco menor nos mercados, as medidas devem ajudar as empresas brasileiras a evitar danos maiores causados pela crise.
6. Obama recebe apoio de Colin Powell
A cerca de 15 dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o democrata Barack Obama parece ter dado o golpe final em John McCain na disputa. No fim de semana, o senador de Illinois anunciou ter arrecadado um recorde de US$ 150 milhões no mês passado e ainda recebeu apoio do republicano Colin Powell, ex-secretário de Estado de George W. Bush. Na análise do Washington Post, apesar de Powell ter manchado a sua imagem ao defender a a invasão do Iraque, seu apoio deve melhorar a opinião dos eleitores sobre a habilidade de Obama nos assuntos internacionais. O peso simbólico do anúncio – o primeiro de um republicano importante ao candidato democrata – mostra que a vitória de Obama é dada como certa até entre os principais caciques do partido rival.